Steiner detona a FIA: “Não estamos mais nos anos 80”

quinta-feira, 6 de outubro de 2022 às 10:02

Gunther Steiner

Gunther Steiner, chefe da Haas, criticou a FIA, alegando que ela não compreende como um carro de Fórmula 1 moderno é construído.

Pela terceira vez nesta temporada no GP de Cingapura, Kevin Magnussen recebeu a rara bandeira preta e laranja o forçando a entrar nos pits para resolver um problema de segurança em seu carro.

Em todas as ocasiões, Magnussen se envolveu em um incidente na primeira volta que danificou a asa dianteira. Em Cingapura, foi com Max Verstappen.

Steiner alega que, após a ocorrência anterior no GP da Hungria, ele mostrou a Jo Bauer, delegado técnico da FIA, a resistência do componente que, se danificado, não se soltará devido aos materiais usados.

“É frustrante porque era perfeitamente seguro continuar”, declarou Steiner. “Se tivesse sido a primeira vez, você poderia ter dito que não sabia. Porém, nós tivemos o mesmo cenário na Hungria, a quebra foi bastante similar”.

“Na Hungria, nosso chefe de compostos mostrou e explicou o que pode e não pode acontecer, eles simplesmente não aprenderam nada com isso e nos deram a bandeira preta e laranja pela terceira vez. Está ficando cansativo”.

Ao ser questionado se foi Bauer, Steiner respondeu: “Sim. Nós mostramos a Jo, que tinha uma pessoa com ele – eles não disseram seu nome”.

“No entanto, eles são o departamento técnico que precisa informar ao diretor de prova o que é seguro ou não, se souberem o que estão vendo. Obviamente, eles não sabem”.

“Então, não tem nada a ver com os comissários, é a direção de prova, o diretor dá a bandeira, não os comissários”.

Apesar do aparente aspecto de segurança se a parte se soltar e atingir o carro de trás, Steiner tem certeza que isso não aconteceria.

“Nós mostramos na Hungria que você pode subir na parte e ela não cai. Talvez ela fique balançando, então nós o chamamos porque perdemos performance. Contudo, ela não cai e nós mostramos, aquela não teria caído”.

“Há materiais lá que podem fazer muito mais do que eles pensam, e eles estão lá intencionalmente, não por acaso”.

“Eu estou tentando ao máximo, mas em algum estágio, nós precisamos ter pessoas que compreendam como estes carros são construídos. Não estamos mais nos anos 80”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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