Só o amor salva?

sexta-feira, 8 de maio de 2015 às 17:39
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Piquet bate na Tamburello em 1987

Por: Fernanda de Lima

Olá, pessoal! Depois de uma longa temporada fora da ação na F1, estou de volta! Ao menos tentarei retomar esse cantinho aqui!

E já comecei errado, porque ação não parece ter sido o forte desse início de temporada. Como em todos os anos, ouvimos reclamações de que a F1 está muito chata, que a categoria precisa se reinventar ou voltar aos velhos tempos. E desses meus meses longe dela, fiquei pensando… “será que tem solução?” ou “por que reclamamos tanto e continuamos acompanhando”?

Talvez isso seja amor.

No entanto, tenho de confessar que o meu está adormecido. Antigamente, perder uma corrida de F1 fazia com que eu me sentisse “culpada”. Mas esse ano, já não tem “doído” tanto perder uma prova. E isso me incomoda! Porque ainda quero lutar por esse amor! Porque vale a pena! Porque foram madrugadas, tardes, manhãs em claro de muita expectativa e felicidade! E não é porque minha vida anda turbulenta que vou abandonar esse amor! Porque ouvi uma vez que do amor a gente não desiste…

Eu vou lutar até encher o saco e resolver parar, como se encheu e resolveu parar Nelson Piquet em 1990. Levou quatro anos depois do acidente na curva de Tamburello, no circuito de Ímola, em 1987, para Nelson Piquet dar um basta às suas tentativas de continuar na F1. O acidente no GP de San Marino, na mesma curva que tirou a vida de Ayrton Senna em 1994, causou traumatismo craniano e lesões nos ombros, tórax e joelho de Piquet.

Um tempo depois, o piloto brasileiro admitiu que nunca mais voltou a ser o mesmo depois daquele acidente. Clinicamente, não havia nada de errado com ele, mas dormir mais de duas horas passou a ser uma tarefa impossível, assim como as suas cochiladas no cockpit. “Eu sentia muita dificuldade na aproximação. Já não tinha segurança para ultrapassar e fazia muita coisa na base da intuição. Por isso enchi o saco e resolvi parar no final de 1990”, Piquet, em declaração aos “Arquivos da Fórmula 1”, de Lemyr Martins.

Fernanda de Lima

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