Situação do motor pode fazer a Red Bull abandonar a F1

quinta-feira, 8 de outubro de 2020 às 9:20

Red Bull

A Red Bull pode abandonar a Fórmula 1 se não conseguir encontrar uma alternativa “competitiva” para o motor Honda de fábrica.

Esse é o aviso de Helmut Marko, o dirigente austríaco mais próximo do bilionário proprietário de Red Bull e Alpha Tauri, Dietrich Mateschitz.

A Honda chocou o mundo da F1 na sexta-feira passada anunciando sua decisão de sair após 2021. Marko disse à Auto Motor und Sport que a Red Bull não poderá atrair uma nova fabricante de motores para a categoria.

“Ninguém quer investir tanto esforço para um período de apenas quatro anos até o próximo regulamento”, afirmou ele. “E agora todos já sabem que você não pode simplesmente entrar e ser competitivo imediatamente. A tecnologia híbrida é complicada e cara demais para isso”.

Segundo Marko, o custo de estar na F1 foi um fator na decisão da Honda de sair.

“Nós deveríamos ter cortado custos antes”, lamentou ele. “A partir de 2022, você precisará de uma nova cabeça de cilindro para fazer o motor funcionar com os 20% de biocombustível. E depois outro motor novo em 2023 para 100% de e-combustíveis. São custos extras que não acrescentam nada para o público”.

Quanto ao próximo passo da Red Bull, as opções são comprar um motor de uma fabricante existente ou a propriedade intelectual do motor Honda de 2021 e também assumir aquele projeto.

“É verdade que nós podemos conseguir um motor. Porém, não queremos necessariamente todos”, disse Marko.

De fato, um acordo com a Mercedes parece improvável e o motor Ferrari não é competitivo atualmente.

“A F1 não pode deixar a Ferrari andando no final do pelotão intermediário para sempre”, comentou o austríaco. “Se nós optarmos pela Renault, teremos um motor que eles constroem de acordo com suas necessidades, feito sob medida para seu chassi. Novamente, isso é um compromisso para nós”.

Muitos acreditam que a opção mais provável para a Red Bull é assumir a propriedade intelectual do motor Honda.

“O problema começaria em 2022. Nós teríamos de converter o motor para biocombustível imediatamente, e sabemos como toda essa tecnologia é complexa. Esses são fatores que precisamos levar em conta”.

Portanto, uma saída da Red Bull da F1 não pode ser descartada. “Se não encontrarmos uma solução competitiva, essa é uma opção”, admitiu Marko. “Max (Verstappen) tem um motor competitivo em seu contrato, mas também é uma premissa nossa. Sem um motor que nos permita vencer o campeonato mundial, o projeto não é interessante para nós”.

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