Sette Camara sobre Fórmula E em São Paulo: “Grande chance de ser a corrida mais quente do circuito”

sábado, 16 de março de 2024 às 11:11

Sérgio Sette Câmara

A Fórmula E conhecerá o campeão da etapa de São Paulo neste sábado (16), no sambódromo do Anhembi. A largada está prevista para às 14h04 e dois brasileiros estarão na disputa: Lucas Di Grassi, campeão da categoria na temporada 2016/17, que irá competir pela equipe ABT Cupra e Sergio Sette Camara, piloto da ERT Formula E Team, que vem para a sua quinta temporada na categoria. Camara conversou no paddock da corrida com o Torcedores.com sobre as peculiaridades da etapa em São Paulo, como o forte calor e também a respeito das principais diferenças em relação ao motor GEN3, que estreou na temporada passada.

“São Paulo é um dos circuitos com mais pontos de ultrapassagem no calendário, então é bem emocionante. Essa reta aqui do Sambódromo é bem larga, então tem muitos pontos que dá pra ultrapassar. Mas o que mais muda para mim é o fato de correr em casa, dá uma emoção a mais, tem família e amigos acompanhando de perto. Tem uma pressãozinha extra, mas gosto de estar aqui, é uma das minhas corridas favoritas. São Paulo é uma cidade maravilhosa, todos da Fórmula E estão felizes de estar aqui”, diz.

Em relação ao alto calor que fará no circuito paulista (a previsão é de 33°C para o horário da corrida), o piloto ressalta o impacto de modo geral e que a prova pode ser a mais quente entre todas da Fórmula E.

“O calor influencia muito, com certeza. O piloto sofre, o carro sofre mais ainda, mas faz parte, é igual para todo mundo. Tem uma grande chance de ser a corrida mais quente do circuito. Mas vai depender do que vai ter lá fora, pode ser que vamos para outro país e encontremos uma onda de calor. Mas com certeza o Brasil estará entre as provas mais quentes”, aponta.

Sergio Sette Camara é sincero ao falar sobre a mudança geracional na Fórmula E, quando o motor GEN3 passou a ser utilizado na temporada 2022/23. Além da tração e frenagem nas quatros rodas, a velocidade máxima dos carros deu um salto de quase 100 km/h.

“Em relação a mudança geracional, do GEN2 para o GEN3, foi absurda. Eu demorei para me adaptar, uma mudança gigantesca. O top speed aumentou muito, a parte da frenagem, os controles do carro, tudo mudou bastante. Principalmente a parte da frenagem, no começo apanhei demais. A parte de guiar é mais tranquila, afinal de contas não deixa de ser um carro. Mas, para mim, foi mais fácil sair da Fórmula 2 para o GEN 2, que é a Fórmula E antiga, do que do GEN2 para o GEN3. Acabei sentindo muito mais essa mudança de geração que teve na Fórmula E. Só depois de um ano que comecei a me adaptar melhor. Agora já estou mais acostumado. A velocidade máxima em corrida está beirando aos 280 km/h (O recorde registrado na categoria até o momento é de Mitch Evans, que atingiu 276.6km/h em Portland em 2023), agora. Já cheguei a quase bater esse número. As pistas da FE são curtas, o carro poderia ir ainda mais além em sua velocidade máxima”, conclui.

Confira o grid para a corrida de São Paulo:

Pascal Wehrlein
Stoffel Vandoorne
Jean-Eric Vergne
Mitch Evans
Sam Bird
Edoardo Mortara
Nico Müller
Antonio Felix da Costa
Nick Cassidy
Jake Dennis
Oliver Rowland
Jake Hughes
Nyck de Vries
Sacha Fenestraz
Lucas di Grassi
Jehan Daruvala
Robin Frijns
Sebastien Buemi
Sergio Sette Camara
Dan Ticktum
Norman Nato
Maximilian Günther

EB - www.autoracing.com.br

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