Sem arrependimentos para Vasseur enquanto os ânimos esquentam na Ferrari

Charles Leclerc

As coisas estão começando a esquentar nos cockpits vermelhos da Ferrari. Até agora, o chefe da equipe, Frederic Vasseur, recusou-se quase veementemente a falar longamente sobre 2025 – quando Lewis Hamilton, em vez de Carlos Sainz, será o companheiro de equipe de Charles Leclerc.

Como resultado, Sainz está em ótima forma no momento e procura uma nova equipe para o próximo ano e além – até mesmo Leclerc admite que o espanhol está fazendo um trabalho melhor.

Alguns acham que Vasseur pode ter justificativa por se arrepender de ter escolhido Hamilton ou Leclerc em vez de Sainz. “Arrependimento, essa não é a palavra”, disse ele ao jornal Ouest France de Xangai.

“Tenho enorme respeito e admiração por Carlos. Passei dez anos tentando trabalhar com ele e terei duas temporadas com ele, com momentos excepcionais. Ele me levou ao meu primeiro pódio na F1!”, exclamou Vasseur.

“Ele cria uma dinâmica positiva na equipe, mas temos escolhas a fazer na vida e acho que uma equipe hoje não pode deixar de tentar ter Lewis”, prosseguiu o dirigente.

No entanto, a “dinâmica positiva” entre Sainz e Leclerc foi levada ao limite na corrida curta de Xangai, no sábado, quando os carros vermelhos ficaram roda a roda – e colidiram.

“Ele luta mais comigo do que com os outros”, afirmou Leclerc no rádio. Depois, o monegasco disse aos repórteres: “Foi um pouco agressivo demais. Acho que Carlos exagerou um pouco hoje. Precisamos discutir isso, como sempre fazemos, mas Carlos e eu temos um ótimo relacionamento. Não tenho nenhuma preocupação com isso”.

Na verdade, Sainz pediu desculpas publicamente. Mas pode ser um resto de temporada estranho para os pilotos vestidos de vermelho, mesmo que Vasseur insista que tomou a decisão certa pela Ferrari.

“No nosso esporte há também a motivação de 1500 pessoas, e também o recrutamento, a construção de uma equipe, de um projeto”, explicou o francês. “Lewis é único e também precisamos desta forma de estabilidade e referência que não se tem necessariamente quando se tem dois jovens, independentemente do talento dos pilotos e da amizade que tenho por eles”.

“Com Lewis teremos isso – ele é a referência absoluta neste nível. Ele também é alguém que sabe como equilibrar sua vida maravilhosamente bem entre as corridas e fora delas, e isso também ajudará Charles em seu progresso”, concluiu Vasseur.