Segredo do “truque” da McLaren pode ter sido revelado

McLaren

Um especialista em Fórmula 1 acha que pode ter descoberto o segredo da vantagem da McLaren na performance dos pneus em 2025.

“Em seus piores dias, eles ainda são os melhores”, disse George Russell, da Mercedes, quando perguntado sobre a rapidez com que a McLaren aquece os pneus e depois sofre degradação mínima durante um stint longo.

“Tudo aponta para nove equipes fazendo algo errado”, acrescentou ele.

Entretanto, é a Red Bull que está liderando a dissidência sobre o domínio McLaren, sugerindo nos bastidores que a equipe pode até estar injetando água nos pneus.

Zak Brown, CEO da McLaren, zombou da teoria bebendo de uma garrafa com o rótulo “Água dos Pneus” em Miami, e até Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, alertou a Red Bull contra a apresentação de um protesto frívolo.

“Concordo com Zak que, se você apresentar um protesto, o custo deve sair do seu limite de custos e você só o receberá de volta se for provado que está certo”, afirmou ele.

Mario Isola, chefe da Pirelli na F1, também descartou a teoria da “água dos pneus”.

“Monitoramos a pressão e a temperatura dos pneus constantemente por meio de sensores”, explicou ele.

“Forçar água através da válvula ou de qualquer parte do pneu seria imediatamente visível nos dados. Não é apenas altamente improvável, é quase impossível sob o atual sistema de monitoramento da FIA”.

Contudo, uma nova teoria fascinante surgiu, conforme descrito em detalhes na Auto Motor und Sport da Alemanha.

O jornalista Michael Schmidt observa que, no ano passado, a Red Bull reclamou que a McLaren estava usando sensores de temperatura nos freios fora dos treinos livres.

“Também é notável que a McLaren costuma fazer stints longos agressivos no TL3, deixando os competidores para trás”, observou ele. “Talvez eles estejam tentando descobrir algo em condições extremas”.

O que a McLaren pode estar verificando? Schmidt ouviu dizer que a McLaren poderia estar usando “materiais de mudança de fase” (PCM) especiais nos componentes ao redor dos freios.

Os PCMs são capazes de armazenar e liberar energia térmica durante uma transição de fase de sólido para líquido. Isso poderia explicar a observação da Red Bull de que a umidade às vezes pode ser vista vindo de dentro dos aros das rodas da McLaren.

“Talvez o fluido estivesse suando durante a transição de fase”, supôs Schmidt. “Tudo soa um pouco de outro mundo, mas pelo menos é plausível e há algumas evidências para apoiar isso. Por exemplo, a tática disruptiva da Red Bull sobre a água nos pneus”.

“Porém, mesmo que os rivais já saibam exatamente o que a McLaren está fazendo, não é tão fácil copiar o truque”.

Ele até especula que a Red Bull já pode estar experimentando materiais semelhantes, o que explicaria as recentes reclamações de Max Verstappen sobre os freios.

“Quando perguntado se isso estava relacionado ao resfriamento dos pneus, Christian Horner, chefe da equipe, deu apenas respostas monossilábicas”, concluiu Schmidt.