Sebastian Vettel na Ferrari? Só se…

Marco Mattiacci

Por: Adauto Silva

Múltiplas fontes italianas, entre elas La Gazzetta dello Sport, Il Sole, La Stampa, Corriere della Sera, TuttoSport e outras, estão apostando todas as fichas na ida de Sebastian Vettel para a Ferrari no lugar de Fernando Alonso.

Quanto ao destino de Alonso, a mídia em geral tem três apostas: McLaren, Red Bull ou um ano sabático como aconteceu com Alain Prost em 1992, após ser demitido pela Ferrai em 1991 por gente que não entendia absolutamente nada de F1, assim como Mattiacci e Sergio Marchionne.

Mas é tudo aposta, ou seja, ninguém conseguiu confirmar nada ainda.

Certo mesmo parece ser o divórcio entre Alonso e Ferrari, que na opinião desse escriba é um péssimo negócio para a Ferrari, a prova definitiva que eles estão mais perdidos que cachorro em dia de mudança. Alonso tem propostas e muito provavelmente vai acabar na McLaren ou na Red Bull.

Mas e a Ferrari? Simplesmente vai ficar sem seu maior trunfo. A Ferrari sem o Alonso este ano não teria feito absolutamente nada. O espanhol até agora fez 133 dos 178 pontos da Ferrari no campeonato, ou seja, quase 80% dos pontos. Raikkonen, que está sendo massacrado por Alonso – como eu havia previsto 1 ano atrás – até agora fez apenas 45 pontos, quatro vezes menos que o espanhol!

O prejuízo esportivo da Ferrari sem o Alonso é nada menos que calamitoso. “Dois Raikkonens” na Ferrari este ano teriam 90 pontos e a sétima posição no campeonato de construtores até agora. Alguém lembra quando a Ferrari chegou em sétimo? Nenhuma vez nos últimos 33 anos e apenas uma vez pior que isso na história, quando foi a décima colocada em 1980.

Alguém tem ideia do tamanho do prezuízo financeiro que isso significa para Maranello? Não? Então vamos a ele:

A Ferrari, por causa do acordo diferenciado que tem com Bernie Ecclestone, leva cerca de U$ 600 mil por CADA ponto marcado na temporada. As outras equipes levam menos e a última colocada não leva nada. Sim, é isso mesmo e não adianta gritar.

Então, só com os pontos que Alonso marcou até agora, a Ferrari vai receber cerca de U$ 80 milhões quando acabar a temporada. Isso sem contar o patrocínio master do Banco Santander, que certamente vai se mandar junto com Alonso e aterrizar na nova equipe do espanhol. E mesmo que o Santander não saia imediatamente por questões contratuais, é evidente que vai sair quando terminar o contrato.

Dizem que esse patrocínio, além de pagar o salário do Alonso, ainda deixa um “troco” de U$ 70 milhões para a Ferrari.

Fez as contas? São no mínimo U$ 150 milhões que a Ferrari vai ter que achar em outros lugares, fora o salário do novo piloto.

Dá para entender esses italianos? Eu não consigo, mesmo tendo parte de descendência deles!

Resta esperar para ver o que Sebastian Vettel pensa sobre isso…

Adauto Silva

Leia e comente outras colunas do Adauto Silva