Schumacher: Formula 1 2012 é um quebra-cabeça de mil peças

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A nova face da Fórmula 1 em 2012 está polarizando a categoria. Parece que equipes, pilotos e espectadores amam ou odeiam a grande influência trazida principalmente pela nova geração dos pneus Pirelli.

Um crítico confesso é Michael Schumacher. “É um quebra-cabeça de mil peças que você precisa montar a cada corrida”, declarou o sete vezes campeão mundial à Auto Motor und Sport.

Vitórias de quatro pilotos diferentes de quatro equipes diferentes nas quatro primeiras etapas de uma temporada é um fato que não ocorria há três décadas.

“Do ponto de vista da competição, não há dúvida de que a geração de 2012 da Pirelli cumpre totalmente o objetivo de promover o espetáculo”, escreveu Livio Oricchio no jornal O Estado de S. Paulo.

“Mas se você pensar puramente no desafio de engenharia que é a Fórmula 1, no gênio das pessoas e nos imensos recursos financeiros e técnicos necessários para o sucesso, os pneus agora ganharam uma importância tão grande que os resultados não parecem compatíveis”.

“Eu e muitos na Fórmula 1 esperamos que as novas versões de pneus que a Pirelli está desenvolvendo devolvam um pouco mais de previsibilidade em termos de como eles se comportam, sem afetar demais o espetáculo”.

Contudo, por enquanto, as equipes precisam montar seus quebra-cabeças, e isso certamente será o foco dos três dias de teste desta semana em Mugello. “Aquele que entender os pneus primeiro terá uma grande vantagem no campeonato mundial”, notou o chefe da McLaren, Martin Whitmarsh.

Um entendimento amplo já está se desenvolvendo, incluindo por que os vencedores de 2012, Jenson Button, Fernando Alonso, Nico Rosberg e Sebastian Vettel, venceram da frente do pelotão. “Quando você está em uma batalha, não pode fazer os traçados que são melhores para os pneus”, disse Ross Brawn, da Mercedes.

Agora, todos os olhos estão voltados para Mugello, onde o entendimento vai continuar. “Esses dias de testes podem mudar o equilíbrio de poder na Fórmula 1”, previu Norbert Haug no jornal Bild.

No entanto, nem todos estão entusiasmados, incluindo a McLaren, que se opôs ao teste de Mugello devido aos custos. O engenheiro chefe da Williams, Mark Gillan, concorda: “Os dias de testes acabaram, então isso não é fácil em termos de logística”, declarou ele à Sport1 da Alemanha.

Bruno Senna acrescentou: “Mugello não é uma pista de teste ideal, pois é bastante diferente dos circuitos que estão no calendário”.

LS – www.autoracing.com.br