Sainz: Red Bull matou a concorrência

Carlos Sainz

Carlos Sainz disse que a Red Bull “matou os adversários” com o massacre que está desfrutando no topo da Fórmula 1 desde o ano passado.

A vitória de Max Verstappen na Áustria no domingo deu continuidade à invencibilidade da Red Bull em 2023 e colocou a equipe perto de igualar o recorde de todos os tempos de mais vitórias consecutivas na história da F1 (11).

Os atuais campeões mundiais também venceram 19 das 20 corridas anteriores (sem contar as corridas curtas), desde o GP da França do ano passado, em julho.

O fim de semana de corrida na Áustria marcou um ano desde que um piloto da Ferrari subiu pela última vez no degrau mais alto do pódio e Sainz afirma que os Vermelhos ainda estão se recuperando dos problemas em corrida que começaram a enfrentar no segundo semestre de 2022.

No entanto, o piloto espanhol destaca que a Ferrari não é a única equipe a ser prejudicada pelo massacre que a Red Bull está impondo neste ciclo particular de regulamento técnico.

“Foi um longo ano, com certeza”, lamentou Sainz ao refletir sobre a atual seca de vitórias da Ferrari. “E acho que da Áustria no ano passado até agora, tem sido muito difícil.”

“Tivemos uma pequena queda no ritmo de corrida no final do ano passado e então carregamos esse, digamos, momento difícil para este ano e estamos exatamente no ponto de virada, ou no ponto em que estamos tentando mudar as coisas para tornar o carro competitivo novamente e tentar vencer novamente.”

“Mas não vai ser fácil porque tem uma outra equipe chamada Red Bull que matou todo mundo, matou todos nós, certo?”

“E não somos os únicos a sofrer com isso. Há equipes também, como a Mercedes, que sofrem com seu bom trabalho, e agora cabe a nós reverter isso e tentar o nosso melhor para vencer novamente.”

Atualizações

A Ferrari introduziu outro extenso pacote de atualização na Áustria e as melhorias fizeram com que a equipe italiana fosse naquela pista a maior adversária da Red Bull.

Mas, apesar de Charles Leclerc liderar a corrida por 10 voltas no meio do processo, Verstappen foi capaz de ultrapassar rapidamente a Ferrari e abrir uma vantagem de 24 segundos antes de parar para buscar a volta mais rápida.

Sainz, no entanto, afirmou antes do fim de semana do GP da Inglaterra que seria irreal esperar que a Ferrari fechasse o enorme défice que mantém para a Red Bull com uma única atualização.

“Há uma grande diferença entre a Red Bull e nós e pensar que vamos reduzir a diferença com uma atualização, seria ingênuo e não realista”, abordou.

“A atualização vai ajudar nossas fraquezas e, com sorte, nos aproximar? Sim. Mas, ao mesmo tempo, se a Red Bull trouxer uma atualização para Silverstone, ou em breve, isso também significa que sua atualização pode nem fazer diferença. Então, tudo é relativo na F1.”

“Espero que esta atualização esteja se desenvolvendo, um pouco como vimos em Barcelona, um pouco como uma janela de desenvolvimento e novas oportunidades e novas formas de acertar o carro que nos ajudem a seguir na direção certa.”

“Mas acho que seria muito otimista, digamos, pensar que de repente estaremos no mesmo nível da Red Bull, vendo o quão à frente eles estão.”

Enquanto Leclerc garantiu o melhor resultado do ano da Ferrari com o segundo lugar, Sainz lamentou um período de safety car virtual que terminou quando ele estava saindo do pit lane na volta 14.

Embora tenha conseguido recuperar os dois lugares perdidos de Lewis Hamilton e Lando Norris, Sainz acabaria perdendo um lugar no pódio para o segundo Red Bull de Sergio Perez, forçado a se recuperar de outra exibição decepcionante na classificação.

Sainz, que marcou o terceiro lugar na corrida curta no sábado, ainda está em busca de seu primeiro lugar entre os três primeiros no domingo e admite que está começando a ficar “frustrado”.

“São algumas corridas em que tive muito ritmo no carro, muito ritmo de corrida”, lamentou. “E sim, eu gostaria de poder maximizar um pouco mais.”

“Estou muito rápido este ano, especialmente em corrida, sinto que dei um grande passo à frente, se você olhar para o meu ritmo no sábado e domingo na Áustria. P4 eu acho que não é ruim, mas domingo o P2 ou P3 estava na mesa.”