Sainz questiona a Red Bull por vetar dupla com Verstappen

Carlos Sainz e Max Verstappen

Carlos Sainz afirmou que não consegue entender os motivos que levaram a Red Bull a recusar sua contratação para ser companheiro de Max Verstappen.

Embora a equipe de Milton Keynes tenha optado por seguir outro caminho, o espanhol acredita que seria uma dupla muito forte dentro da Fórmula 1.

O piloto, que já defendeu Renault, McLaren, Ferrari e agora Williams, relembrou sua convivência com Verstappen na Toro Rosso em 2015. Na ocasião, apesar de uma rivalidade natural entre estreantes, Sainz afirmou que a relação era respeitosa.

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“Eu genuinamente me dava bem com Max”, disse no podcast High Performance. “As pessoas de fora talvez não percebam, mas tínhamos uma disputa saudável. Hoje, inclusive, nos damos muito bem”.

Após ser dispensado pela Ferrari, Sainz virou o nome mais desejado

Quando a Ferrari decidiu contratar Lewis Hamilton, abriu caminho para a saída de Sainz, ainda no início de 2024. A partir disso, o espanhol passou a ser um dos nomes mais desejados do mercado, com grandes expectativas sobre onde poderia correr em 2025.

Entretanto, apesar do forte interesse de vários lados, nem Red Bull nem Mercedes fecharam acordo com o piloto.

A imprensa especulou que a própria equipe de Verstappen teria colocado obstáculos à sua chegada. Ainda mais, Helmut Marko, consultor da Red Bull, chegou a classificar o ambiente da antiga Toro Rosso como “tóxico” na época dos dois.

Apesar disso, Sainz discorda da visão de Marko. Para ele, a relação nunca foi um problema.

“Se essa foi realmente a razão, não consigo compreender. Porque, honestamente, acredito que formaríamos uma dupla muito competitiva na F1”, declarou.

Sainz destaca que não sofreu como outros ex-companheiros de Max

A Red Bull inicialmente renovou com Sergio Perez para 2025. No entanto, após performances decepcionantes, a equipe decidiu dispensá-lo.

Desde então, Liam Lawson e Yuki Tsunoda ocuparam a segunda vaga, mas ambos enfrentaram dificuldades semelhantes às vividas por Pierre Gasly, Alex Albon e o próprio Perez.

Diante desse histórico, Sainz ressaltou que sua experiência ao lado de Verstappen foi bem diferente. Segundo ele, não sofreu o mesmo tipo de pressão ou desgaste que esses pilotos sentiram.

“Parece que todos têm grandes dificuldades como companheiro de Max. Só que, no meu caso, não foi assim”, afirmou. “Claro, ele sempre foi incrivelmente rápido, mas desde o início percebi que eu também podia competir com ele”.

De fato, Verstappen terminou a temporada 2015 com 49 pontos contra 18 de Sainz. Porém, nas classificações, o espanhol levou a melhor por 10 a 9.

Experiência sólida contra grandes nomes do grid

Além disso, Sainz aproveitou para destacar que, ao longo da carreira, enfrentou e aprendeu com alguns dos pilotos mais talentosos da atualidade. Ele foi companheiro de Charles Leclerc, Lando Norris, Nico Hülkenberg e agora Alex Albon.

“Todos esses caras são extremamente rápidos”, afirmou. “Mas desde aquele ano ao lado do Max, ganhei a confiança de que posso competir com qualquer um. E mais do que isso: posso vencê-los”.

É importante lembrar que, tirando Sainz, apenas Daniel Ricciardo conseguiu fazer frente a Verstappen por um tempo. Contudo, quando o australiano deixou a Red Bull no fim de 2018, o holandês já havia consolidado sua posição como líder absoluto da equipe.

Sainz reconhece evolução mútua, mas lamenta chance perdida

Por fim, Sainz também comentou que tanto ele quanto Verstappen mudaram muito desde os tempos de Toro Rosso. Portanto, é impossível saber como seria a parceria nos dias atuais.

“A verdade é que ambos evoluímos bastante como pilotos”, explicou. “Provavelmente nunca saberemos como seria hoje em dia. E, sinceramente, acho que essa chance já passou”.

Mesmo assim, ele deixou claro que se a oportunidade tivesse surgido, não hesitaria em aceitar.