Sainz cobra nova filosofia técnica na Williams
quinta-feira, 7 de agosto de 2025 às 9:12
Carlos Sainz
Carlos Sainz acredita que a Williams precisa repensar urgentemente sua filosofia de design. Após mais um fim de semana frustrante no Grande Prêmio da Hungria, o espanhol foi direto ao apontar os principais problemas do carro de 2025.
Embora tenha evitado críticas públicas à equipe, Sainz falou com clareza sobre o que considera essencial para o futuro. Para ele, sem uma mudança de conceito, o projeto do próximo ano continuará vulnerável em diversas pistas.
“É necessária uma mudança na filosofia de design para garantir que o carro do ano que vem funcione bem em circuitos variados”, afirmou ao jornal AS após terminar apenas em 14º em Budapeste. “A Hungria sempre foi uma pista difícil para a equipe”.

Curvas longas continuam sendo ponto fraco
Segundo Sainz, a maior deficiência do carro está na performance em curvas longas. Nessas situações, o projeto atual simplesmente não consegue manter o nível de downforce necessário, o que prejudica toda a volta.
“Temos características aerodinâmicas piores em curvas longas, onde é preciso manter pressão aerodinâmica do início ao meio da curva”, explicou. “Esses aspectos nos falham. É uma tendência antiga”.
Como consequência, pistas como Barcelona, Hungria e Catar acentuam ainda mais essa limitação. Em contraste, traçados com curvas curtas e retas longas oferecem melhores resultados para a Williams.
Transição da Ferrari evidencia falhas
Além disso, Sainz destacou como a comparação com sua antiga equipe, a Ferrari, torna os problemas ainda mais claros. Apesar de respeitar o momento atual da Williams, ele acredita que pode contribuir muito para a evolução do carro.
“Saí de uma equipe que largava na pole para uma que hoje está em 13º”, lembrou. “Posso dar muito feedback sobre o que falta neste carro, principalmente em pistas como esta”.
Logo após a classificação, Sainz participou de um longo briefing técnico com a equipe. Durante a conversa, compartilhou impressões valiosas baseadas em sua experiência no alto nível da Fórmula 1.
Ajustes, experimentos e comprometimento
Mesmo com o foco da Williams voltado para 2026, o espanhol segue determinado a extrair o máximo a cada etapa. Na Hungria, por exemplo, ele testou diferentes configurações de acerto antes de voltar ao que funcionou melhor em outras corridas.
“Experimentei três ou quatro acertos diferentes em Budapeste”, contou. “Acabei voltando para o carro que me rendeu boas classificações em Miami e Imola”.
Na visão de Sainz, se a equipe tivesse tido finais de semana mais limpos nessas etapas – e também em Spa – os resultados seriam muito melhores.
“Teríamos marcado muitos pontos”, completou.
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