Saiba como funciona um volante de Formula 1 02/10/2007)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010 às 13:44
Até o começo dos anos 90, o volante de um carro de Fórmula 1 era relativamente simples, de forma redonda e com uma placa de metal no centro para uni-lo à coluna de direção. Geralmente não tinha mais do que três botões. Isso começou a mudar conforme o avanço da eletrônica. Um marco inicial na categoria foi o ano de 1989, quando a Ferrari introduziu o câmbio semi-automático, que proporcionava ao piloto trocar as marchas sem tirar as mãos do volante.

McLaren

Hoje, o volante de um carro de Fórmula 1 é um dispositivo eletrônico complexo que permite que o piloto controle uma vasta quantidade de itens. As equipes nomeiam freqüentemente um engenheiro como responsável pela sua eletrônica e o projeto de modo que os pilotos possam usá-lo confortavelmente. Para essa razão, os volantes de hoje são feitos de borracha dura que fornece mais aderência para as mãos do piloto. A peça principal do volante, entretanto, é construída como as demais peças do carro, da fibra do carbono, visando reduzir seu peso. As peças usadas hoje custam em média 23 mil euros cada.

A construção de qualquer parte de um carro de Fórmula 1 é um processo complexo, e o volante não é nenhuma exceção. Vários materiais de pouco peso são usados para a sua produção, incluindo além das já citadas borracha e fibra de carbono, alumínio, titânio, aço e plástico. Um volante completo pode demorar aproximadamente 100 horas para ser produzido do começo ao fim.

Com um volante normal controlando 12 parâmetros diferentes em um carro de Fórmula 1, há um grande número componentes, teclas e interruptores que têm que ser ajustados durante o processo de fabricação – 120 artigos ao todo. O peso de uma unidade finalizada é de cerca de 1,3kg.

Durante uma temporada, um mínimo de cinco volantes é construído para cada um dos dois pilotos de uma equipe. Destes, três serão destinados para as corridas, e dois para os testes. Por isso, cada piloto de testes também recebe dois volantes. Algumas equipes, após vencer uma corrida, retiram o volante do carro vencedor e o guarda como uma recordação do bom momento.

BMW

VOLANTE BMW 2006:

1. Limitador de velocidade nos boxes
2. Diferencial +
3. Impulso do motor
4. Marchas para cima
5. Controle de tração +
6. Ajuste do impulso do motor
7. Alavanca de embreagem
8. Controle de tração
9. Informação de voltas da equipe
10. Queimar
11. Interruptor multifunctional
12. Sensor Lambda*
13. Diagnóstico
14. Informação sobre o ângulo da asa
15. Embreagem
16. Seleção de diferencial
17. Comunicação via rádio
18. Controle de tração –
19. Marchas para baixo
20. Quebra do motor
21. Diferencial –
22. Neutro
23. Mudança de página de exposição

* Sensor Lambda é um dispositivo instalado no escapamento, responsável pelo balanceamento da mistura ar/combustível para que a emissão seja controlada. O sensor faz isso “cheirando” o excesso ou a perda de oxigênio quando o gás sai do motor e envia informação para o módulo de injeção eletrônica, que corrige a mistura.

Ferrari

VOLANTE FERRARI:

A tela no centro permite ao piloto ter acesso às mais variadas informações, como tempos de volta, velocidade, marcha, etc.

O botão “N” verde e preto deixa a caixa de câmbio neutra

O botão “LC” preto e vermelho altera as configurações do controle de largada

O botão “L” vermelho e preto aplica o limitador de velocidade nos boxes

O botão “radio” amarelo permite a comunicação com a equipe

Os botões “M” e Bo” no topo são botões multifuncionais para ajustes em geral

O botão de girar azul serve para dosar a mistura ar-combustível do motor

O botão abaixo do ar-combustível permite ao piloto regular a pressão dos freios nas rodas traseiras e dianteiras

O botão acima do ar/combustível permite ajustes na caixa de diração

Os três botões de girar à direita são para ajustes de motor

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