Russell: “F1 tem muito a aprender” depois de Jeddah

domingo, 5 de dezembro de 2021 às 20:44

George Russell

George Russell acredita que “o automobilismo tem muito a aprender” com o caótico GP da Arábia Saudita e diz que o circuito de Jeddah precisa ficar mais seguro.

Russell abandonou a corrida de domingo, que teve duas bandeiras vermelhas, depois de ser atingido por trás por Nikita Mazepin quando o pelotão passava pelo primeiro setor após uma relargada.

O britânico freou para evitar uma batida em Sergio Perez, que havia rodado depois de um toque de Charles Leclerc.

Atrás de Russell, Mazepin não pôde fazer nada para desviar da Williams em um dos muitos pontos cegos de Jeddah.

Apesar de todos os pilotos terem escapado ilesos, o tipo de acidente foi exatamente o que muitos deles e observadores estavam temendo devido à combinação da alta velocidade, visibilidade limitada e falta de áreas de escape.

De acordo com Russell, o incidente foi “inevitável” e a pista não é segura o suficiente para a Fórmula 1.

“Pareceu inevitável, você contorna a curva 2 que é bem larga e aberta – carros podem ficar lado a lado – e então tudo se afunila rapidamente”, disse ele logo depois de abandonar. “Eu entrei em uma curva cega, havia carros por toda a parte, reduzi a velocidade e fui atingido por trás”.

“Portanto, creio que há muito a aprender para o automobilismo neste fim de semana porque é uma pista incrivelmente empolgante, mas fica devendo muito em termos de segurança e das disputas”.

“E há incidentes desnecessários esperando para acontecer em todas aquelas pequenas curvas cegas, que nem sequer são curvas para um carro de F1, mas oferecem um risco desnecessário”.

Com a F1 devendo retornar a Jeddah em março do próximo ano, Russell espera que a FIA faça as alterações necessárias para melhorar a segurança no circuito. Ele acha que muitos “riscos desnecessários” podem ser eliminados transformando algumas das curvas cegas de alta em retas.

“Acho que você vive e aprende com estas experiências”, explicou ele. “Não se pode culpar ninguém por tentar fazer uma pista incrível e no fim das contas foi o que eles conseguiram. Mas creio que ninguém previu o que poderia ocorrer com todas aquelas curvas cegas”.

“Na minha opinião, sim, a pista precisa de alterações, há muitas destas pequenas curvas que são totalmente desnecessárias. E tudo entre a curva 2 e 4 poderia ser uma reta, assim como da 17 até a 22. Nós temos cinco curvas extremamente fáceis de pé embaixo, mesmo com o DRS”.

“Eu não sei quais são as limitações, isso também precisa ser analisado. E a segurança melhoraria drasticamente se tudo aquilo fosse reto. Acredito que temos os recursos para fazê-lo aqui, então não deve ser uma limitação. A segurança precisa vir primeiro. Se você puder reduzir o risco drasticamente com pequenas mudanças, isso é óbvio”.

LS - www.autoracing.com.br

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