Russell cobra mudanças radicais no circuito do México
sexta-feira, 7 de novembro de 2025 às 9:15
George Russell
George Russell voltou a criticar o traçado do Autodromo Hermanos Rodriguez, exigindo mudanças urgentes depois da confusão na largada do GP da Cidade do México.
O piloto da Mercedes ficou revoltado ao ver Max Verstappen e Charles Leclerc cortarem pela grama nas curvas 1 e 3 antes de retornarem à pista. “Parecia corrida de cortadores de grama”, ironizou o britânico, visivelmente irritado.
Ainda que ambos tenham devolvido posições e os incidentes tenham sido analisados, nenhuma punição foi aplicada. Isso aumentou a frustração de Russell, que seguiu indignado durante toda a prova – algo evidente em suas mensagens de rádio.

Proposta de reformulação do traçado
Antes do GP de São Paulo, o britânico voltou a abordar o tema e sugeriu uma solução clara. Para ele, o trecho entre as curvas 1 e 3 precisa ser completamente redesenhado, já que o atual layout prejudica as disputas diretas.
“Fiquei muito surpreso por não haver punições”, afirmou Russell à imprensa. “Em Monza, por exemplo, se você corta a chicane, precisa passar pelos blocos de isopor e acaba perdendo tempo. No México, por outro lado, isso não acontece, o que torna o erro vantajoso”.
Em seguida, o britânico reforçou sua insatisfação com o desenho da curva.
“Pessoalmente, eu não gosto daquela parte do circuito. Ela não favorece boas batalhas. Como há apenas um traçado de corrida entre as curvas 2 e 3, não há como seguir disputando até a 4, como ocorre no Bahrain, por exemplo”.
Russell explicou ainda que o formato do trecho impede duelos mais limpos.
“Quando você pode cortar e recuperar espaço, a luta perde intensidade. Além disso, como é um hairpin, ninguém cortaria a curva se o desenho fosse diferente. Falamos brevemente sobre isso antes do fim de semana e continuo achando que o setor precisa mudar totalmente”.
Incidente com fiscais expõe falha grave de segurança
Além disso, Russell demonstrou preocupação com outro episódio alarmante. O britânico se solidarizou com Liam Lawson, da Racing Bulls, após o neozelandês quase atropelar dois fiscais de pista.
Lawson havia trocado o bico do carro depois de um toque com Carlos Sainz, e ao retornar sob bandeira amarela dupla, encontrou os fiscais removendo destroços – uma situação potencialmente trágica. “Eu poderia tê-los matado”, gritou pelo rádio.
Inicialmente, os organizadores do GP da Cidade do México culparam Lawson. No entanto, a FIA o inocentou em comunicado posterior, deixando claro que o erro foi da direção de prova local.
Questionado se o caso seria levado à federação, Russell respondeu: “Pelo que entendi, a FIA concluiu que ele não fez nada errado. Portanto, não há nada a discutir entre os pilotos. Agora, cabe à federação lidar com o circuito e evitar que isso volte a acontecer”.
Por fim, o piloto destacou os riscos enfrentados dentro do cockpit.
“Durante uma corrida, há muito acontecendo ao mesmo tempo. Estamos trocando ajustes no volante, verificando o delta sob bandeira amarela, observando os espelhos… Mas nunca esperamos ver alguém na pista. Isso simplesmente não pode acontecer novamente”.
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