Ross Brawn: Hamilton e Mercedes voltarão ainda mais fortes

terça-feira, 27 de setembro de 2022 às 13:29

Ross Brawn

O diretor de automobilismo da Fórmula 1, Ross Brawn, afirmou que Lewis Hamilton está atualmente sacrificando seu desempenho na Mercedes, de maneira semelhante à passagem de Michael Schumacher na equipe.

A Mercedes está enfrentando uma temporada difícil em 2022 em meio à introdução do novo regulamento técnico e ainda não conquistou uma vitória na corrida este ano.

Hamilton testou instruções de configuração em inúmares ocasiões este ano em uma tentativa de ajudar a Mercedes a entender seu carro W13.

Falando ao F1 Insider, Brawn disse que Hamilton está mais focado em consertar os problemas de ritmo da Mercedes do que o companheiro de equipe George Russell: “Lewis está no crepúsculo de sua carreira.”

“Mas isso não significa que acabou. Este ano, desde a primeira corrida, ele tem um carro com o qual não pode vencer. Então ele coloca toda a sua energia para tentar mudar isso.”

“Para ele, desta vez é um teste de caráter. Seu companheiro de equipe George Russell precisa estar mais focado nos resultados.”

Brawn diz que a situação reflete a do sete vezes campeão mundial Schumacher, que passou três anos na Mercedes de 2010 a 2012 antes de Hamilton se juntar à equipe.

“Você pode comparar um pouco a situação de Lewis com o retorno de Michael com a Mercedes”, continuou Brawn.

“Como piloto, você sempre tem que decidir se quer ser parte da solução ou parte do problema.”

“Michael redefiniu seu papel na época, então ele fez parte da solução e ajudou a construir a equipe que conquistaria oito títulos consecutivos de construtores.”

“Ele se sacrificou pelo futuro da equipe, por assim dizer, e desempenhou um papel fundamental em estabelecer as bases para seu sucesso.”

Lewis e Mercedes voltarão mais fortes

“Lewis vai voltar, estou convencido disso. Assim como a equipe dele. Acredito que os períodos de fraqueza que você precisa superar o tornam ainda mais forte. Eu sei disso por experiência própria.”

“Você tem que lembrar que perdemos três títulos mundiais por pouco antes de chegarmos na Ferrari com Michael Schumacher em 2000.”

“Os três anos anteriores foram testes difíceis. A equipe poderia ter desmoronado por tantas decepções. Mas foi o contrário: nos aproximamos ainda mais uns dos outros e melhoramos.”

“Aprendemos muito e finalmente transformamos nossas fraquezas em pontos fortes. Eu digo que é isso o que vai acontecer com Hamilton e a Mercedes.”

AS - www.autoracing.com.br

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