Ross Brawn feliz em “deixar os carros de 2021 para trás”

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021 às 20:07

Safety car no GP de Abu Dhabi

Ross Brawn disse que apesar dos carros de 2021 serem muito rápidos, eles também são muito “complexos” – o que os torna “carros que não proporcionam corridas muito boas” como resultado.

Brawn sente que os carros são “muito críticos” quando se trata de sua construção, o que significa que qualquer pequeno dano ou acerto fino incorreto pode resultar em grandes diferenças de desempenho, o que os torna menos propensos a competir entre si na pista.

A nova especificação do carro para 2022 foi projetada com a intenção específica de ser capaz de seguir os carros da frente com mais facilidade, e a Pirelli foi instruída a construir pneus que possam resistir a pressões mais intensas por mais tempo – o que, em teoria, produzirá mais ultrapassagens e disputas roda a roda para um melhor espetáculo.

Brawn foi questionado se esses carros, estando entre os mais rápidos da história do esporte, os colocava lá como sendo o carro “definitivo”, e ele foi diplomático em sua resposta.

“Acho que depende de qual é a sua definição do carro de Fórmula 1 definitivo”, disse ele ao Tech Talk da F1TV no final da temporada.

“Se for o mais rápido, possivelmente. Se for o melhor carro de corrida, não. Acho que esses carros atuais são críticos demais quando estão próximos uns dos outros.”

“Eles são muito críticos se tocam numa zebra porque se um pedaço voar eles não funcionam mais. Então, eles são dispositivos incríveis … quero dizer, a complexidade deles é incrível. ”

Em relação aos carros este ano, Brawn expandiu sua teoria dizendo que as milhões de simulações feitas pelas equipes ao longo de um fim de semana podem ajudá-las a encontrar sua configuração ideal, mas qualquer falha podem ter consequências terríveis.

Ele acrescentou que os carros para o próximo ano foram construídos com a ideia de torná-los “mais simples”, embora tenha admitido que as equipes vão complicar as coisas novamente assim que seus projetos forem revelados em testes.

“São as metodologias que eles têm agora com software reiterativo, que fica checando, checando e checando até chegar ao desenho ideal para uma área específica do carro”, disse Brawn.

“E cada peça é crítica para todas as outras peças, e quando uma peça é arrancada – porque eles são carros de corrida, afinal – nada funciona mais corretamente.”

“Esse tem sido um dos focos no novo carro, que tentamos torná-lo um pouco mais robusto, um pouco mais simples, um pouco menos crítico.”

“Sem dúvida as equipes vão complicar o conceito, mas então acho que podemos puxá-lo de volta.

“Então, eles os carros atuais tem desenhos fascinantes e incrivelmente impressionantes, mas na verdade não são carros de corrida muito bons.”

AS - www.autoracing.com.br

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