Retorno de Colapinto à F1 não é “prioridade”, diz Briatore

Flavio Briatore e Franco Colapinto

Colocar Franco Colapinto em um cockpit de corrida não é a “prioridade” da Alpine, insiste Flavio Briatore, consultor da equipe.

Há especulações de que Jack Doohan, cujos erros e ritmo estão sob intenso escrutínio, só tem garantidos os primeiros seis GPs de 2025 – ou talvez menos.

Ao mesmo tempo, Briatore claramente favorece Colapinto, que foi trazido para a equipe por empréstimo da Williams.

“Colapinto? Vamos ver”, declarou Briatore ao jornal La Stampa. “A prioridade é ter um carro de ponta que esteja no nível das quatro gigantes McLaren, Mercedes, Red Bull e Ferrari”.

Na entrevista, o italiano recontou a história de seu retorno ao paddock – oferecendo-se para ajudar Luca de Meo, CEO da Renault, a levar a outrora grande equipe sediada em Enstone de volta às vitórias.

Briatore sugere que Doohan pode realmente ser a escolha mais inteligente no momento.

“Não se trata apenas de colocar um garoto em um carro porque então eles estão lidando com todo o resto – a pressão, as entrevistas, as críticas, 100.000 espectadores nas arquibancadas”.

Briatore mencionou que Liam Lawson, por exemplo, não estava pronto para lidar com os holofotes da Red Bull.

Quanto a Doohan, o jornal italiano salientou que o australiano é filho de Mick Doohan, lenda da MotoGP – com Lance Stroll sendo outro piloto de Fórmula 1 com um pai influente.

“(Lawrence) Stroll tem sua própria equipe e é um caso separado”, respondeu Briatore. “Quanto a Jack, você pode ser filho de Mick, mas se não for competitivo, não vai a lugar nenhum. Todo piloto é rápido, claro, mas não é fácil”.

Briatore está ansioso pelos próximos anos da Alpine.

“Estamos no ponto de partida. Começamos muito atrás e somente em 2026 teremos o pacote completo da Mercedes – motor e caixa de câmbio. Em 2026, devemos ser competitivos, mas o verdadeiro objetivo é 2027”.