Renault: F1 está atrasada com regras de 2021

domingo, 12 de agosto de 2018 às 8:43

Renault

O chefe da Renault, Cyril Abiteboul, alertou que a Fórmula 1 está ficando atrasada, já que continua a reforçar os regulamentos do motor para 2021.

Os planos da FIA e da Liberty Media de introduzir uma unidade de potência simplificada sem uma MGU-H – esboçada em outubro passado – sofreram um golpe quando as quatro fabricantes existentes decidiram recentemente que prefeririam ficar com o hardware atual com pequenas mudanças.

Elas citaram as razões de custo e o fato de que nenhum novo participante se apresentou para 2021. As novas regras foram discutidas por meio de uma videoconferência na semana passada, envolvendo fabricantes, a FIA e a F1.

“O relógio está correndo se quisermos ter um motor completamente diferente para 2021”, disse Abiteboul ao site Autosport. “As férias de verão deste ano serão a linha vermelha. Não é segredo que dois dos principais impulsionadores dessa mudança de regulamentação foram a possibilidade de um novo participante e a situação da Red Bull”.

“A Red Bull e a Toro Rosso estavam impulsionando maciçamente a mudança porque estava claro para elas que, independentemente da nossa situação, precisavam pensar em sua própria situação. Então, agora que a Red Bull encontrou uma nova parceira na Honda e não parece haver novos operadores, a necessidade de uma mudança radical na regulamentação do motor diminuiu”, explicou.

Às equipes foi previamente prometido que novas regras de motor seriam firmadas até o final de junho. Abiteboul disse que todas as quatro fabricantes estavam alinhadas em seus pontos de vista.

“Estamos falando de detalhes agora, mas acho que, em geral, concordamos com a meta, concordamos que é melhor manter a plataforma existente e que podemos fazer um trabalho melhor com ela”, informou ele.

“Ainda aceitamos que precisamos melhorar a unidade de potência por outras razões, principalmente para o show, para as equipes clientes, para as fabricantes em termos de custo também”, prosseguiu.

Ele acrescentou que a Renault era a favor de manter o MGU-H: “Seria tolice usar o MGU-H por vários anos e, na verdade, fazer o oposto do que as fabricantes de automóveis farão. Talvez possamos simplificar a forma como o MGU-K está sendo usado, a maneira como a energia é implementada, a maneira como ela pode contribuir para o show, em vez de remover alguma coisa”.

Gunther Steiner, chefe da Haas, disse que os motores de 2021 devem estar disponíveis a um custo razoável para as clientes. “Não quero dizer a eles o que fazer, eles sabem o que fazer”, afirmou Steiner.

“Eu gostaria de ter um limite de custos sobre o dinheiro que temos para pagar a fabricante do motor. E então eles podem fazer o que quiserem. Se eles querem fazer um motor de ouro, então nós o pegamos por preço fixo, sintam-se livres para fazê-lo”, declarou ele.

“Isso é mais porque não temos o conhecimento necessário para nos envolvermos. Enquanto tivermos certeza de que há uma oferta e o custo do suprimento é controlado, qualquer que seja o dinheiro em que possamos concordar, estamos felizes”, concluiu Steiner.

EB - www.autoracing.com.br

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