Red Bull será alcançada em breve, diz dirigente da FIA

quarta-feira, 21 de junho de 2023 às 9:47

Red Bull, Mercedes e Aston Martin

Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, acredita que os rivais da Red Bull em breve provarão que o regulamento do efeito solo não é um fracasso.

No momento, apesar das regras visarem mais disputas roda a roda em todo o grid, Max Verstappen e a Red Bull estão dominando amplamente a Fórmula 1.

Mas Tombazis, um conhecido ex-projetista da Ferrari, considera errado concluir que o regulamento fracassou.

“Com exceção da Red Bull, todos os outros estão próximos”, declarou ele ao jornal italiano Corriere della Sera. “E eu acho que é só uma questão de tempo para a convergência de performance ser alcançada”.

Alguns acreditam que os principais rivais da Red Bull, incluindo Aston Martin, Mercedes e Ferrari, irão encostar na equipe das bebidas energéticas quando as restrições do túnel de vento e a punição pela violação do teto orçamentário em 2021 fizerem efeito.

“Talvez seja alcançado nos próximos meses, talvez no começo do próximo ano”, disse Tombazis. “Porém, quase todos estão seguindo o conceito técnico da Red Bull – inclusive Mercedes e Ferrari”.

“Nós esperamos ver campeonatos mundiais muito acirrados novamente, talvez como em 2021. Contudo, não podemos criá-los artificialmente”.

De fato, ele afirmou que mudanças repentinas nas regras para diminuir a diferença entre a Red Bull e as outras equipes seriam erradas.

“Nós não podemos lutar contra a capacidade de alguns de fazer um trabalho melhor do que outros. Deve ser admitido que há aqueles que se saíram melhor com estas regras”, acrescentou Tombazis.

Apesar do regulamento ainda ser novo, a categoria já está esperando uma situação melhor e mais competitiva no próximo ciclo de regras em 2026.

“A nova F1 será definida em junho de 2024”, revelou Tombazis. “Haverá uma redução significativa no arrasto aerodinâmico”.

“Os carros atuais têm um paraquedas invisível atrás deles nas retas e nós queremos removê-lo pela consistência ambiental. Reduzindo a resistência do ar, os carros talvez tenham algumas partes móveis, o que ajudará nas retas”.

Entretanto, Tombazis avisou que o DRS quase certamente ainda terá um papel na F1.

“Em um mundo ideal, é concebível remover o DRS, mas isso não acontecerá a curto prazo porque as ultrapassagens ficariam muito difíceis”, explicou ele.

“Não estamos mais nos anos 80, quando as simulações não eram tão avançadas e as diferenças entre os carros eram grandes. Com o nível atual de tecnologia e ciência, remover o DRS seria um risco para a categoria”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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