Red Bull quebrou teto de gastos em 2021. Aston Martin teve uma violação processual

Red Bull

Depois de muita especulação desde o GP de Cingapura de que duas equipes haviam extrapolado o limite de orçamento de cerca de USD 145 milhões em 2021, a FIA publicou formalmente suas descobertas na segunda-feira.

Em um comunicado, disse que todas as equipes receberam seus certificados de conformidade, exceto Red Bull, Aston Martin e Williams.

A violação da Williams foi em referência ao envio tardio dos relatórios de gastos no ano passado, pelo qual a equipe foi multada.

A Aston Martin foi considerada uma violação processual das regras, enquanto a Red Bull foi considerada uma violação processual e de gastos excessivos menores.

A crença da FIA de que a Red Bull quebrou o limite de gastos ocorre apesar da equipe ter expressado confiança de que a submissão financeira feita em março passado estava confortavelmente abaixo do limite.

O chefe da Red Bull, Christian Horner, tinga dito que tinha fé que sua equipe cumpriu totalmente as regras. “Estou absolutamente confiante que ficamos bem abaixo do limite”, disse ele. “Já passamos por um processo. Entregamos em março assinado por nossos auditores, que obviamente são uma das três grandes auditoras. E acreditamos que estamos confortavelmente dentro do limite.”

“Então a FIA está seguindo seu processo. Esperamos nesta semana, ouvir não apenas nós, mas todas as equipes, o resultado desse processo”.

Os regulamentos da F1 estabelecem uma série de opções como punição para as equipes que violarem o limite de custos.

Para uma violação menor, que é inferior a 5% de gastos excessivos, as penalidades podem incluir uma repreensão pública, uma dedução de pontos do campeonato de construtores ou pilotos, exclusão de eventos, limitações em testes aerodinâmicos ou multa.

O gasto excessivo da Red Bull levará a um maior escrutínio sobre como a FIA lida com o assunto, com várias equipes sugerindo que o assunto será um caso de teste para o futuro do sucesso do limite de custos.

Se a punição for branda, as equipes podem se sentir compelidas a não mais respeitá-lo e então o limite ficará sem sentido, mas se for severa demais pode ser considerado injusto.

No caso da Aston Martin, não houve gastos excessivos, como indica a análise, e entende-se que a equipe deseja enfatizar que nenhuma vantagem competitiva foi obtida.

A violação processual parece estar relacionada a uma série de protocolos contábeis e resultado de variações na interpretação das regras.

Falando no domingo no Japão, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, considerou que era melhor para a FIA ser muito dura do que tentar varrer o assunto para debaixo do tapete.

“O que é importante para nós é qualquer que seja a violação, se houver, a punição tem que ser significativa, porque acredite, nossos carros hoje no Japão tentaram lutar pela melhor posição”, disse ele.

“São carros que foram desenvolvidos mantendo e respeitando o teto orçamentário, e sabemos o quanto, mesmo que seja uma pequena violação, o quanto isso tem implicado em termos de desempenho.”

“Eu mencionei que cinco milhões é cerca de meio segundo, mesmo um ou dois milhões é cerca de um ou dois décimos, o que significa estar em segundo no grid ou estar na pole e ter o carro mais rápido.”

“Obviamente se o teto foi desrespeitado em 2021, e a partir de 2021 é uma vantagem que você ganha nas temporadas seguintes. Acho que o que precisamos e o que espero é total transparência e clareza nas discussões que podem ter acontecido.”

Não foram divulgados detalhes sobre como a FIA lidará com as violações das regras da Aston Martin e da Red Bull.

Uma declaração dizia: “A Administração do Limite de Custos da FIA está atualmente determinando o curso de ação apropriado a ser tomado de acordo com os Regulamentos Financeiros em relação à Aston Martin e Red Bull e mais informações serão comunicadas em conformidade com os Regulamentos”.