Red Bull: F1 precisa repensar após erro das regras de motores híbridos

sábado, 28 de novembro de 2015 às 10:26

Christian Horner

A Fórmula 1 está na necessidade de repensar e recuperar sua popularidade após o “erro” das regras atuais de motores turbo híbridos. Quem afirma é o chefe da Red Bull, em meio a discussões entre as fabricantes sobre as novas regras para 2017 e além.

Christian Horner, cuja equipe esteve próxima de deixar a F1 por ficar sem um motor para 2016, acredita que a situação tem sido agravada por equipes que protegem demais os seus interesses competitivos, à custa de fazer o que é melhor para o esporte.

“Eu acho que quando você analisa (a situação), as equipes têm sido coletivamente incapazes de chegar a soluções sensatas para os problemas”, explicou Horner. “E eu acho que o problema que enfrentamos na F1 é de interesse”.

“Dentro de sua própria equipe você tenta proteger os elementos que são seus pontos fortes, que lhe oferecem competitividade sobre seus adversários. E eu acho que este é o lugar onde a F1 tem tropeçado ao longo de anos anteriores e, na verdade, a fórmula atual de motores, sem dúvida, é um erro”, prosseguiu o chefe da Red Bull.

“É cara. A tecnologia é fantástica, mas nós não estamos fazendo um grande trabalho de comunicação e eu acho que estamos numa situação em que, provavelmente, metade do grid é atualmente insolvente. Eu acho que há uma questão fundamental que precisa ser respondida: o que deve ser a F1”, disse Horner, que salienta que a categoria deve promover um equilíbrio entre entretenimento e manter a sua posição tecnológica.

“Eu certamente acredito que a F1 deve ser entretenimento. Deve ter um interesse tecnológico, mas precisa que os promotores e proprietários do esporte, juntamente com os reguladores, decidam o que é o produto e cheguem a um conjunto de regras, não deixem engenheiros escrever essas regras. Eles devem vir com essas regras, colocá-las na frente das equipes e dizer que é assim que a F1 vai ser, tendo pessoas competentes para elaborá-las”, comentou.

“E há boas pessoas que não estão atualmente em alguma equipe e que são imparciais, que poderiam surgir com um conjunto de regulamentos que sejam dos melhores interesses da F1, que forneçam o melhor show para os fãs, para o público, para os espectadores pagantes, que são a espinha dorsal do que fazemos. Porque sem eles não há nenhum show, não há F1, e precisamos que a F1 volte a ser um esporte fascinante para o público”, concluiu Horner.

EB - www.autoracing.com.br

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