Red Bull contrata ex-chefe da Honda na F1

Toyoharu Tanabe, Masashi Yamamoto, Max Verstappen e Christian Horner

Os esforços de motor da Red Bull ganharam um impulso com a contratação de Masashi Yamamoto, ex-diretor de gerenciamento da Honda na Fórmula 1.

Com a Honda tendo saído da F1 no ano passado, a Red Bull estabeleceu sua própria divisão de motores para assumir a operação das UPs japonesas.

Durante a fase de transição, a Honda continuará fabricando os motores em suas instalações no Japão, mas grande parte do pessoal que ajudou Max Verstappen a vencer o campeonato do ano passado foi transferido para outros projetos.

Entretanto, soube-se que Yamamoto, que era efetivamente o chefe da Honda na F1, está deixando a companhia neste mês para organizar uma consultoria que trabalhará com a Red Bull para apoiar seus esforços.

Falando sobre seus planos, ele disse que a ideia é ser um ponto de contato entre Red Bull e Honda a fim de garantir que o relacionamento continue forte.

“Nós estabelecemos uma nova companhia”, declarou ele em uma entrevista à edição japonesa do motorsport.com. “Nós queremos fazer algo que deixe as pessoas felizes, e se vencermos na F1, os fãs ficarão felizes”.

“Nós assinamos um contrato com a Red Bull Powertrains. A companhia conta com o meu apoio, a pedido de Christian Horner e Helmut Marko, da Red Bull”.

“É um contrato entre as companhias, portanto é difícil comentar os detalhes, mas como um dos membros da Red Bull Powertrains, eu vou exercer um trabalho que vai ajudá-los”.

Yamamoto explicou que seu foco principal será atuar como uma ponte entre a Red Bull Powertrains e a Honda visando assegurar que o progresso do motor seja o mais suave possível a partir de agora.

“Se, por exemplo, eles quiserem entender a cultura japonesa e da Honda, ter um relacionamento mais próximo e melhor com a Honda, nós podemos ajudar. Basicamente, é uma ponte entre a Red Bull e o Japão”.

Yamamoto espera comparecer a várias corridas em seu novo cargo e diz que a decisão de sair da Honda foi tomada depois que a marca optou por deixar a F1.

“Eu decidi em março do ano passado”, afirmou ele. “Fui nomeado diretor de competição em 2016 e minha meta inicial era vencer o campeonato do Super GT. Consegui alcançar isso em 2018 (com Naoki Yamamoto e Jenson Button)”.

“Nós três anos seguintes, me dediquei à F1. Desde o começo, pensei que esse trabalho era o ápice da minha vida na Honda e que poderia usar toda a minha experiência lá”.

“Eu estava questionando se poderíamos vencer com a Red Bull pela primeira vez no primeiro ano e então ter uma boa luta pelo campeonato com a Mercedes no segundo ano. Porém, não foi o caso”.

“Contudo, no terceiro ano, com a habilidade de pilotagem de Verstappen e a forte equipe Red Bull, nós conseguimos vencer o campeonato”.