Red Bull avisa: “Tem que ter cuidado para que a F1 não se torne um dinossauro”

domingo, 18 de outubro de 2020 às 9:50

Christian Horner

A Red Bull Racing não está numa situação ideal, agora que a Honda anunciou que está se despedindo da Fórmula 1 como fornecedora de motores até 2022. A equipe austríaca precisa encontrar uma nova parceira, mas Christian Horner também está olhando para o futuro.

Afinal de contas, apenas três fabricantes seguirão no auge do esporte a motor. “Isto coloca algumas questões para a Fórmula 1 considerar sobre as futuras tecnologias de motores”, disse Horner na Sky Sports sobre a saída da japonesa Honda.

Segundo o dirigente britânico, esse adeus é um aviso: “Trouxe para os holofotes qual é o futuro dos motores na F1 e devemos considerar uma nova tecnologia a partir da data de introdução de 2026”.

O atual regulamento de motores híbridos terminará após 2025, mas até lá as unidades de potência de apenas três fornecedoras terão que suprir todas as equipes. “Penso que se olharmos para a complexidade destes motores, nenhuma fabricante entraria na F1 sob as regras atuais”, opinou o chefe da Red Bull.

“Penso que temos que reduzir significativamente os custos. Temos que reduzir a variabilidade entre os motores. Penso que a F1 tem decisões a tomar sobre o que é o futuro”, comentou Horner.

Existem diferentes opções para a F1. “Temos obviamente biocombustíveis a considerar e a analisar, e a introdução dos mesmos está prevista para 2022. Mas será que devemos buscar algo totalmente diferente para 2026 ou mesmo antecipar isso, idealmente, talvez até para 2025? Poderíamos considerar o hidrogênio ou outras tecnologias”, explicou ele.

Se os biocombustíveis forem utilizados, isto também terá um efeito no valor do entretenimento. “Ou deve a F1 ser apenas entretenimento e ter motores de alta rotação com um elemento de tecnologia para eles. Há algumas questões fundamentais que precisam ser consideradas”, afirmou Horner, que prefere conduzir novamente com motores V8 ou V10. “Como fã, gostaria de voltar atrás, mas também temos uma responsabilidade”.

Em qualquer caso, a Fórmula 1 tem que permanecer atrativa para os fãs, como o chefe de equipe de Max Verstappen e Alexander Albon sublinha. “Penso que temos que ter cuidado para que a F1 não se torne um dinossauro. Que os nossos filhos ainda se apaixonem pelo esporte”, concluiu ele.

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