Reclamar de muitos GPs? Franz Tost acha isso “uma piada”

sábado, 9 de dezembro de 2023 às 14:12

Franz Tost

Com 24 GPs, a temporada de 2024 será mais movimentada do que nunca. Várias equipes e pilotos já expressaram o quão difícil é completar tantas corridas sob imensa pressão em todos os cantos do mundo. Franz Tost, que deixou o cargo de chefe da equipe AlphaTauri, não entende por que as pessoas reclamam de um calendário lotado.

Tost, agora com 67 anos, chama a reclamação de muitas corridas de “uma piada”. Na revista GP Racing, ele toma como exemplo o toque de recolher em todos os finais de semana de corrida, que exige que os mecânicos estejam em seus hotéis às 9 ou 10 horas da noite. As coisas eram bem diferentes nos primeiros anos de Tost na Fórmula 1.

“Antigamente, na BWM, trocávamos um motor todos os dias. Na sexta-feira tínhamos o motor de sexta-feira, depois o motor de classificação e depois o motor de corrida. E nunca voltávamos ao hotel antes de 1 ou 2 da manhã. Isso era normal. E às 6 ou 7 da manhã tínhamos que nos levantar e ir para a pista. Ninguém reclamou”, disse o austríaco.

Esgotamento? Segundo Tost, na época ninguém sabia o que era isso. “As pessoas não sabiam o que era isso. As pessoas reais ainda não sabem o que é. Burnout é para pessoas preguiçosas. Pessoas reais que gostam de trabalhar não o têm”, afirmou.

De acordo com Tost, 23 ou 24 corridas deveriam ser o número máximo por ano, porque os funcionários de sua (antiga) equipe às vezes ficam fora de casa por três ou quatro semanas seguidas.

“Para mim, isso não é problema. Mas há outros. Os mecânicos têm dias de folga após cada fim de semana de corrida, mas os engenheiros têm menos tempo livre”, percebe Tost. “Eles voltam depois de uma corrida, analisam tudo e se preparam para a próxima corrida. E se têm família em casa, a história é diferente”.

EB - www.autoracing.com.br

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