Rally Dakar – Superados os primeiros desafios, dupla brasileira busca ritmo mais forte

terça-feira, 8 de janeiro de 2013 às 15:44
Kleber Cincea e Marcos Baumgar

Kleber Cincea e Marcos Baumgar

933 quilômetros já foram cumpridos, pouco mais de 10% dos 8.574 da edição deste ano do Rally Dakar, o maior do planeta. E a dupla brasileira formada pelo piloto Marcos Baumgart e o navegador Kleber Cincea, que estreia na competição, cumpriu com sucesso as três primeiras etapas, entre Lima, Pisco e Nazca, no Peru. Na prova a bordo do Mitsubishi Pajero MPR13, o duo da Equipe Brasil de Rally ocupa a 53ª posição no acumulado dos três primeiros dias.

Com a máxima em mente de que “não se ganha o rali nos primeiros dias, mas se perde”, os brasileiros usaram as etapas iniciais para buscar mais aclimatação: com o carro, com o ambiente, com as dunas, com a competição, com a pilotagem e com o estilo de navegação, diferentes, por exemplo, do Rally dos Sertões, competição na qual a dupla já tem larga experiência.

“A gente não quer estragar tudo no começo. Tem mais 12 dias ainda, então há muito a fazer. Mas tenho que dizer, estou muito feliz em estar aqui. Isso (disputar o Dakar) é meu sonho desde que eu tinha oito anos de idade”, deslumbrou-se Marcos. “Então estamos levando de forma a forçar nas horas em que dá, e ser cauteloso quando se faz necessário”, destaca.

A dupla terminou o primeiro dia em 38º lugar; na segunda etapa, um leve tombamento (que não acarretou em nenhum tipo de dano no carro) em uma duna fez os brasileiros terminarem em 46º lugar. Nesta segunda-feira, entre Pisco e Nazca (243 km cronometrados), a dupla teve de ficar parada muito tempo por causa de um carro de outro competidor quebrado.

“Tinha um carro parado e era em um trecho de funil, que não tinha como desviar. Isso nos fez perder, fácil, uma hora e dez minutos. Isso nos jogou para baixo na classificação, mas não é nada que vá arrefecer o nosso ânimo”, lembrou Kleber. “Agora vimos como as coisas funcionam aqui, já estamos mais acostumados ao que é o Dakar, mas é aquela velha máxima, de que cada dia reserva uma surpresa”, aponta.

A organização já avisou que a quarta etapa, que acontece nesta terça-feira (8), entre Nazca e Arequipa, ainda no Peru, será muito difícil. Serão 429 quilômetros de deslocamento até o trecho cronometrado, que soma mais 289. “Todo cuidado é pouco. Mas agora vamos começar a buscar um pouco mais de ritmo e, quem sabe, começar a recuperar algumas posições”, lembra Marcos.

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