Ralf Schumacher: Alemanha, sem “empolgação”, pode ficar sem pilotos na F1

domingo, 17 de maio de 2020 às 8:00

GP da Alemanha

Ralf Schumacher pensa que uma redução da “empolgação” das corridas de carros no país poderia significar que nem um único piloto alemão estará no grid em 2020.

Há especulações de que Sebastian Vettel, que está definitivamente abandonando a Ferrari, poderá agora se aposentar. Ele é atualmente o único piloto alemão na F1.

Mas há dez anos, um terço do grid era alemão, incluindo Vettel, Michael Schumacher, Nico Rosberg, Nico Hulkenberg, Adrian Sutil, Nick Heidfeld e Timo Glock. “Houve sempre fases na Fórmula 1 em que alguns países são muito fortes”, disse Schumacher, antigo piloto da Williams e da Toyota, à RTL.

“Os alemães se beneficiaram de uma enorme propaganda que foi certamente desencadeada pelo meu irmão. Havia um enorme interesse na Alemanha, também em termos de marketing, televisão e telespectadores. Isso virou um pouco. Já não sentimos isso”, acrescentou Ralf.

Na verdade, o GP da Alemanha já não consta no calendário, apesar de Hockenheim ter sido mencionado para uma potencial “corrida fantasma” da era do coronavírus. Schumacher pensa que a “empolgação” na Grã-Bretanha é agora, sem dúvida, a mais forte.

“Mesmo que não se consiga perceber pelo número de pilotos, a “empolgação” é muito forte lá devido a Lewis Hamilton”, declarou ele. “Posso imaginar que haverá mais coisas a acontecer na Grã-Bretanha”.

“Na Alemanha, todo o mundo dos esportes a motor se debate”, afirmou Schumacher, no meio de relatos de que o campeonato alemão de carros de turismo DTM poderá entrar em colapso. “Há oito anos que falo de nós termos um enorme problema”.

“Começa no kart – já quase não temos pistas, por isso os pilotos de kart estão ficando cada vez menos numerosos. Se não tivermos mudanças, não teremos árvores no final do dia. E é isso que nos está acontecendo”, prosseguiu.

A tênue esperança da Alemanha de ter outro piloto de F1 em breve é o sobrinho de Schumacher, Mick Schumacher. “O Mick provou que sabe conduzir um carro”, comentou Ralf. “Caso contrário, ele não seria campeão de Fórmula 3”.

“O seu primeiro ano na Fórmula 2 foi bastante passível, ele teve alguns bons resultados e até uma vitória. Tudo isso é bom, mas é reavaliado todos os anos. Ele está agora no seu segundo ano”, explicou.

“Ele não tem necessariamente de ganhar, mas deve estar entre os cinco primeiros ou, idealmente, entre os três primeiros. Mas também não devemos pressioná-lo muito”, acrescentou Ralf.

“Até agora, os sinais são bons. Ele também é um júnior da Ferrari, por isso tem todas as oportunidades”, concluiu o ex-piloto alemão.

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