Quer colocar uma nova equipe na F1? Pois não, são USD 200 milhões

sábado, 12 de setembro de 2020 às 19:00

Formula 1

A Formula 1 entrou na era de “gente grande”. A partir de agora, uma nova equipe que deseje entrar na Fórmula 1 vai ter que pagar USD 200 milhões, que serão divididos igualmente entre os 10 participantes existentes sob novos termos comerciais dentro do Pacto de Concórdia.

No mês passado, as 10 equipes atuais da F1 assinaram o novo Pacto que rege o campeonato para as próximas temporadas. Este novo acordo inclui um método reformulado de distribuição de prêmios em dinheiro que é mais igual e reduz os pagamentos especiais oferecidos a certas equipes.

Isso, combinado com um limite de orçamento que será introduzido no próximo ano, visa tornar a F1 mais sustentável para as equipes existentes e aumentar seu valor comercial.

Na era Berne Ecclestone, a F1 tinha um sistema pelo qual as novas equipes precisavam fazer um pagamento-caução, que era devolvido à equipe ao longo do tempo.

O novo pagamento inflacionado – direcionado às equipes em vez de retido como um “depósito” – é um esforço deliberado para criar uma mercadoria mais valiosa para qualquer proprietário existente que queira vender e aumentar a barreira de entrada para aspirantes a participantes.

Existe um mecanismo que permite ao proprietário da F1, Liberty Media e às equipes existentes, a oportunidade de ajustar o valor de USD 200 milhões.

É um número aparentemente alto, além do investimento necessário para estabelecer uma nova operação. Isso poderia ser um impedimento para uma equipe como a Campos, por exemplo, que insistiu que era uma candidata séria, apesar de ter sido, digamos, desprezada pela F1 e pela FIA.

Nas grandes Ligas americanas isso existe há um bom tempo. Lá, se você quiser entrar, também existem duas maneiras. Você compra um time ou paga uma taxa que atualmente gira em torno de USD 350 milhões para entrar com um novo, isso se for aprovado pelo conselho da Liga, que é formado pelos donos dos times.

Na NBA o Los Angeles Clippers foi vendido por USD 2 bilhões. O Atlanta Hawks, último time vendido, custou bem menos, a bagatela de USD 900 milhões.

O CEO da McLaren Racing, Zak Brown, acredita que não é proibitivo à entradas sérias porque o “crescimento do valor da franquia” na nova era da F1 significa “você receberá aqueles USD 200 milhões de volta e um pouco mais depois.”

“O que estamos tentando fazer como indústria é parar o que tivemos no passado, quando uma equipe como a USF1 anuncia que vai correr na Fórmula 1 e nunca vai para a pista”, disse Brown.

“Os USD 200 milhões têm como objetivo realmente garantir que se alguém está entrando no esporte, eles têm os recursos para fazê-lo, e não teremos o que temos tido historicamente, que são anúncios aleatórios de pessoas que entrarão e então eles nunca chegam à pista.”

“Você nunca veria isso, ou acho que nunca viu, em outras formas importantes de esporte.”

Agora, as equipes existentes também devem pagar uma taxa de inscrição a cada temporada. Para este ano, a Mercedes teve que pagar uma taxa básica de USD 556.509 como campeã mundial, mais $ 6771 para cada ponto que marcou em 2019.

Isso resultou na maior taxa de inscrição de todos os tempos, de USD 5,4 milhões.

Todas as outras equipes tiveram que pagar uma taxa básica de $ 556.509 mais $ 5.563 por ponto marcado no ano passado.

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AS - www.autoracing.com.br

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