Protesto na Fórmula 1 pode marcar estreia de 2026 na Austrália

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025 às 15:53

Red Bull e Mercedes

A Fórmula 1 pode começar a temporada 2026 sob forte tensão. De acordo com a imprensa europeia, um possível protesto pode surgir já no Grande Prêmio da Austrália, etapa de abertura do campeonato, por causa de um suposto artifício técnico nas unidades de potência.

Segundo a revista Motorsport Magazin, Ferrari, Audi e Honda levaram o assunto à Federação Internacional de Automobilismo após suspeitas envolvendo a Mercedes High Performance Powertrains e a Red Bull Powertrains.

Suspeita envolve limite técnico dos motores de 2026

A revolução técnica prevista para 2026 estabelece um limite claro. O regulamento técnico define que a relação geométrica de compressão das unidades de potência não pode ultrapassar 16:1.

Entretanto, equipes rivais acreditam que Mercedes e Red Bull encontraram uma forma de elevar esse número para algo próximo de 18:1, valor utilizado na temporada 2025. Caso isso se confirme, a vantagem competitiva pode ser significativa.

A relação geométrica de compressão compara o volume do cilindro quando o pistão está no ponto mais baixo com o volume no ponto mais alto. Quanto maior esse índice, maior é o potencial de geração de potência do motor.

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Ganho estimado pode chegar a três décimos por volta

Fontes próximas ao assunto indicam que o suposto artifício poderia render até 15 cavalos de potência. Em um circuito como Albert Park, em Melbourne, isso representaria aproximadamente três décimos de segundo por volta.

Atualmente, a FIA mede a relação de compressão de forma estática, em temperatura ambiente. No entanto, existe a suspeita de que, em condições reais de funcionamento, o aumento da temperatura interna provoque a expansão de componentes do motor. Com isso, o volume do cilindro aumentaria, elevando novamente a relação para 18:1.

FIA acompanha o caso e mantém diálogo com fabricantes

Ainda segundo a Motorsport Magazin, a Federação Internacional de Automobilismo já está ciente da situação. A entidade afirmou que revisa constantemente esse tipo de questão para garantir clareza e igualdade técnica.

Além disso, novas reuniões entre a FIA e os fabricantes de unidades de potência estão previstas antes do início da temporada.

Caso um protesto seja formalizado em Melbourne, o desfecho pode gerar consequências relevantes. Se a FIA considerar o sistema ilegal, mudanças técnicas precisariam ser implementadas rapidamente. Por outro lado, se o artifício for considerado legal, o impacto no grid pode ser imediato.

Mudanças técnicas não seriam simples

A adaptação aos limites técnicos não é trivial. Para alcançar uma relação de compressão mais alta de forma segura, seriam necessários componentes mais robustos, como bielas e pistões reforçados.

Já uma eventual exigência de redução de desempenho levantaria preocupações adicionais. Modificar unidades de potência em uso, mantendo a confiabilidade e o fornecimento para equipes clientes dentro do regulamento, representaria um grande desafio técnico.

EB - www.autoracing.com.br

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