Prost: Verstappen continuará dominando

Alain Prost

O tetracampeão mundial Alain Prost diz que os rivais de Max Verstappen precisam se preparar para mais domínio da Red Bull.

No Catar, o holandês conquistou seu terceiro título consecutivo de pilotos com cinco corridas de antecipação em 2023.

Prost, que admitiu ao L’Equipe que espera ver todos os seus feitos na Fórmula 1 ofuscados por Verstappen, afirma que ele ainda está melhorando.

“Quando ele derrotou (Lewis) Hamilton, isso lhe deu confiança em sua habilidade. Aquele primeiro título o deixou mais forte, Max se tornou muito mais calmo enquanto seu desejo de conquistar se manteve igual”, disse o francês.

“Isso é um mau sinal para seus oponentes, já que ele não deverá se aposentar em um futuro próximo. Nos próximos dois anos, o regulamento não mudará, significando que Max vai manter a mesma força”.

“Até mesmo em 2026, com a unidade genuína na Red Bull, eles vão encarar um novo desafio e pelo menos continuar entre os candidatos ao título”.

Prost avisou que mesmo se a Red Bull não tiver o melhor pacote com seu próprio motor em 2026, Verstappen não perderá a motivação.

“Quando eu estava na F1, a coisa que mais me preocupava era não poder lutar pelo título”, comentou ele. “1987 ou 1991 foram os piores anos, o carro não me permitiu fazer isso”.

“Acho que será igual para Verstappen, ele continuará motivado não porque quer sete títulos como Michael Schumacher ou Lewis Hamilton, mas porque sabe que pode lutar por vitórias todos os finais de semana”.

Prost argumenta que Verstappen não precisa de nada além disso para seguir na F1 depois do término de seu contrato em 2028.

“Ele não possui muitos hobbies – nasceu e foi criado para vencer. É um pouco diferente de Hamilton ou até mesmo de Ayrton (Senna), que tinha muitas outras coisas acontecendo”.

“O futuro de Max é um certo ponto de interrogação, mas nos próximos dois anos eu não vejo muitos problemas para ele, considerando que as regras não mudarão”.

“Eu também me pergunto o que será a Red Bull sem Verstappen, mas essa é outra história”.