Promotores precisam pagar mais para salvar o GP da Bélgica

GP da Bélgica

Os promotores do GP da Bélgica em Spa-Francorchamps podem precisar pagar muito mais para estender seu contrato com a Fórmula 1.

No final do ano passado, a nuvem negra de incerteza sobre o futuro da corrida foi dissipada quando os promotores conseguiram assinar uma extensão de apenas um ano.

A razão aparente para a curta duração em um momento no qual a Liberty Media favorece acordos de uma década ou até mesmo mais longos é que os promotores atuais não podiam pagar mais.

Atualmente, Barcelona está pressionando por um novo contrato, já tendo perdido o título oficial de “GP da Espanha” para a proposta mais lucrativa de Madri a partir de 2026.

O jornal esportivo Marca acredita que os organizadores de Barcelona ficariam felizes com o nome “GP da Europa”, mas um acordo envolveria uma taxa anual muito mais alta.

Fontes espanholas relataram que Barcelona paga apenas 26 milhões de euros por corrida, enquanto o novo acordo de uma década com Madri renderá mais que o dobro desse valor.

Agora, o jornal belga La Libre relatou que os promotores de Spa também precisam aumentar significativamente sua oferta à F1 para o GP da Bélgica garantir um novo contrato.

Isso porque Spa paga aproximadamente a mesma quantia que o evento de Barcelona, igualmente em risco.

Com base no relato do La Libre, a agência de notícias Belga explica: “O custo de organização do GP em Spa-Francorchamps está aumentando ano após ano”.

“Os custos aumentarão 5 milhões de euros em dois anos – de 23,5 milhões no ano passado para 25 milhões em 2024 e 28 milhões em 2025”.

Será difícil os promotores conseguirem pagar mais, considerando que a companhia é de propriedade integral do governo regional da Valônia.

“A Spa Grand Prix organiza a corrida, mas nunca foi capaz de equilibrar seu orçamento”, acrescentou o relato “E a região fez tudo o que podia para reduzir o déficit”.

“De acordo com o ministro da economia da Valônia, Willy Borsus, o déficit foi de 3.2 milhões de euros em 2023, 5.6 milhões em 2022 e 7.3 milhões em 2021”.