Promotores de Brasil e México podem processar a F1 pelo cancelamento dos GPs

GP do Brasil

Os promotores do Brasil e México poderiam processar a Liberty Media pelo cancelamento de suas corridas de Fórmula 1 em 2020.

Tamas Rohonyi, chefe da prova em Interlagos, disse ao jornal O Estado de S. Paulo que a proprietária da F1 cancelou o evento por uma razão inaceitável.

“O contrato só pode ser cancelado por razões de força maior”, declarou ele. “Algo que esteja fora do controle das partes envolvidas, como um avião caindo sobre os carros ou que todos nós estejamos um metro debaixo d’água”.

Contudo, a F1 afirmou que cancelou todas as corridas no continente americano – incluindo o GP do Canadá em Montreal – por causa da pandemia do coronavírus. Segundo Rohonyi, os promotores mexicanos podem se juntar aos brasileiros e buscar reparação legal nos tribunais britânicos.

Porém, o Gazzetta dello Sport da Itália acredita que o conflito entre a Liberty e Rohonyi pode estar ocorrendo porque o Rio de Janeiro está tentando tomar o GP do Brasil. Quanto ao cancelamento de 2020, Rohonyi relatou que a decisão da F1 custará milhões aos organizadores da prova em Interlagos.

“É um grande prejuízo econômico”, disse ele. “Nós ainda não havíamos começado a vender ingressos, mas há compromissos com patrocinadores, fornecedores e funcionários”.

Ele também criticou cinco equipes por escreverem uma carta expressando seus temores em relação a viajar da Europa para o Brasil em meio à pandemia.

“Ridículo”, afirmou Rohonyi. “Quem escreveu aquela carta para nós não conhece as regras do campeonato. O contrato não diz que haverá uma corrida só se as equipes quiserem. Quem não quiser vir não deveria vir. Não é obrigatório”.

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