Presidente da FIA promete continuar lutando após ataques na F1

sábado, 23 de março de 2024 às 10:20

Mohammed Ben Sulayem

O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, afirma que tanto ele quanto o órgão dirigente da F1 estão sendo atacados por pessoas que tentam “me desestabilizar”.

Já faz algum tempo que está claro que, sob o reinado de Sulayem, surgiu uma luta pelo poder entre a FIA, a Liberty Media, detentora dos direitos comerciais da F1, e muitas das equipes atuais.

Um denunciante alegou recentemente que Ben Sulayem, um ex-piloto de rali de 62 anos, interferiu na decisão dos comissários no GP da Arábia Saudita de 2023 – e também tentou bloquear a homologação do novo circuito de Las Vegas.

Uma investigação da FIA o inocentou de qualquer irregularidade, mas vários chefes de equipes de F1 questionaram a transparência desse processo. “Acho que estamos vivendo em 2024, e não em 1984, o que significa transparência total”, disse o CEO da McLaren, Zak Brown, em Melbourne.

Ao mesmo tempo, Susie, esposa do chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, apresentou uma queixa criminal nos tribunais franceses. Isso aconteceu depois que Ben Sulayem alegou que a dupla estava compartilhando indevidamente informações confidenciais por meio do novo papel de Susie na categoria feminina F1 Academy, afiliada à F1.

“Talvez a intenção fosse me atacar”, declarou Toto Wolff ao jornal holandês De Telegraaf enquanto estava em Melbourne, “mas Susie se envolveu. Sua reputação foi manchada – algo pelo qual ela teve que lutar durante toda a vida. Então ela não aceitará aquela declaração e então milhares de artigos possam destruí-la”.

O heptacampeão mundial Lewis Hamilton até enfrentou Ben Sulayem na Austrália, admitindo que nunca apoiou o atual presidente da FIA.

Ben Sulayem respondeu agora escrevendo uma carta a centenas de membros da FIA, alegando que está sendo atacado na tentativa de “me desestabilizar” e “questionar a integridade da nossa respeitada organização”.

Ele acrescentou que este período de turbulência e desafio sem precedentes abalou a FIA. “Estes eventos desenrolaram-se com um objetivo claro – atingir o coração da nossa liderança e minar os alicerces da nossa federação”, afirmou o presidente da FIA.

“Sabemos que o objetivo final destes atos repreensíveis são me atingir e enfraquecer a própria essência da FIA”, continuou ele. “No entanto, apesar destes ataques dirigidos ao meu caráter e à nossa organização como um todo, emergimos mais fortes e mais resolutos do que nunca”.

EB - www.autoracing.com.br

Tags
, , , , , , , ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.