Presidente da Daimler quer mudanças no marketing da F1

GP da Alemanha

Dieter Zetsche, presidente da Daimler, empresa-mãe da Mercedes, criticou Bernie Ecclestone após um impopular GP da Alemanha. No auge da era Michael Schumacher, o circuito de Hockenheim vivia lotado de fãs apaixonados, o que não aconteceu neste ano, apesar de Sebastian Vettel ser o atual tetracampeão e de Nico Rosberg estar liderando o campeonato.

Zetsche pensa que a abordagem do chefe-executivo da F1 para a comercialização do esporte está no caminho errado. “Em qual empresa alguém sempre faz tudo sozinho?”, questionou ele disse à edição de sábado do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung. “Eu poderia imaginar a comercialização da F1 sendo feita por um profissional da nova mídia”.

“Ainda há um enorme potencial que deve ser explorado na área de marketing, especificamente no lado digital. Independentemente da liderança (da F1), precisamos de mudanças a esse respeito”, prosseguiu ele, que tomou como exemplo a Daimler, que dividiu as responsabilidades. “Por que isso não pode ser transferido para a F1?”.

Zetsche também criticou o modelo de distribuição de renda de Ecclestone, alegando que, enquanto Ferrari e Red Bull recebem 100 e 70 milhões de dólares, respectivamente, a Mercedes recebe apenas 12 milhões. “Enquanto isso, você tem a questão de saber se vale a pena continuar participando. Nós fomos capazes de fortalecer muito o nosso desempenho, o que compensa um pouco do desequilíbrio. Contudo, a Mercedes não competir com base em custe o que custar. O objetivo é alcançar a eficiência econômica”, acrescentou.

Finalmente, Zetsche opinou sobre o resultado do campeonato mundial de 2014, insistindo que a Mercedes não tem preferência pelo alemão Nico Rosberg ou pelo britânico Lewis Hamilton. “Vendemos carros em todo o mundo”, garantiu ele. “Somos uma equipa alemã, mas que não necessariamente precisa de um piloto alemão vencendo”, concluiu.