Portugal, Turquia e Alemanha visam retorno ao calendário da F1
quinta-feira, 4 de setembro de 2025 às 9:32
GP de Portugal
A Fórmula 1 continua despertando grande interesse de novos candidatos ao calendário.
Embora rumores já circulassem em Portugal e na Turquia, agora Stefano Domenicali confirmou oficialmente que esses países, além da Alemanha, demonstraram intenção de receber corridas.
Esse movimento não acontece por acaso. O chamado “efeito Netflix” elevou a popularidade da categoria a níveis inéditos. Como resultado, já existe uma nova etapa confirmada em Madri, em um circuito ainda em construção.

Entretanto, o Pacto de Concórdia limita o número de provas a 24, considerado o teto natural por conta da logística, dos custos e sobretudo da saúde dos profissionais envolvidos.
Portugal e Turquia pressionam por espaço
No mês passado, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, afirmou que o país tem condições de formalizar o retorno da F1 ao Algarve em 2027. Da mesma forma, a Turquia insiste que pode voltar a integrar o calendário com o GP de Istambul.
Contudo, é preciso lembrar que ambas as nações só receberam etapas recentemente durante a pandemia. Naquele período, a F1 contratou circuitos para cumprir acordos de transmissão.
Assim, as provas aconteceram sem público ou com arquibancadas limitadas, diferindo totalmente dos eventos tradicionais financiados por promotores locais.
Espaço limitado no calendário
Apesar do entusiasmo, Domenicali ressaltou que a maioria dos circuitos atuais possui contratos longos, muitos deles válidos até 2030.
Imola, por exemplo, encerrou sua participação em 2024, enquanto Zandvoort deixará o calendário após 2026. Já Barcelona ainda negocia e pode adotar um formato de alternância.
Diante desse cenário, o dirigente deixou claro que apenas uma ou duas novas corridas poderão ser adicionadas.
Além de Portugal e Turquia, Hockenheim também surge como opção, especialmente após a mudança de proprietários. Contudo, Domenicali frisou que apenas candidatos com solidez financeira real terão chances.
Sustentabilidade como prioridade
Outro ponto decisivo envolve a sustentabilidade. A F1 exige que todos os promotores atendam aos padrões de neutralidade de carbono até 2030.
Por isso, eventos que reúnem até meio milhão de pessoas precisarão superar enormes desafios em energia, mobilidade e logística. Caso contrário, simplesmente não haverá espaço para sediar um Grande Prêmio.
O peso crescente do apoio governamental
Historicamente, os governos passaram a ser fundamentais para a realização de Grandes Prêmios.
O marco ocorreu em 1985, quando a Austrália entrou para o calendário graças a forte apoio estatal. Desde então, essa prática se consolidou e continua até os dias atuais.
Atualmente, novos projetos, como um segundo circuito na Arábia Saudita e propostas em Ruanda e na Tailândia, estão em estágio mais avançado do que Portugal e Turquia.
Para esses países, portanto, a entrada só será possível por meio de acordos de rotação com corridas já existentes.
No caso da Alemanha, a situação é ainda mais delicada. Hockenheim necessita de investimentos pesados para modernizar instalações consideradas ultrapassadas desde a última corrida em 2019.
Sem subsídios governamentais, Domenicali foi categórico: o retorno será extremamente difícil, independentemente do interesse dos novos donos.
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