Por que Piastri não correrá pela Alpine em 2023

Oscar Piastri

Oscar Piastri nunca teve um contrato de Fórmula 1 com a Alpine e por isso está livre para correr pela McLaren em 2023, segundo o racingnews365.com.

A ida de Fernando Alonso para a Aston Martin foi anunciada em 30 de julho e a Alpine reagiu imediatamente promovendo Piastri a titular no próximo ano.

Entretanto, apenas duas horas após a declaração da Alpine confirmando Piastri – que não incluiu nenhum comentário do próprio piloto – o australiano postou nas redes sociais que não correria pela equipe em 2023.

Foi revelado na semana passada que Piastri assinou um contrato para substituir Daniel Ricciardo na McLaren em 2023. Agora, fontes bem informadas da Alpine disseram que Piastri nunca teve um contrato de F1 com a equipe.

Piastri havia assinado um contrato com a Alpine em novembro de 2021, e havia uma cláusula detalhando as obrigações da equipe.

Elas incluíam dar a Piastri um certo número de quilômetros de teste em um carro de F1 – mais de 3.500 km, de acordo com o racingnews365.com – além de pagar suas despesas e torná-lo reserva em 2022.

Se a Alpine cumprisse todas essas obrigações, existia uma opção para a equipe promover Piastri a titular no próximo ano. No entanto, esse contrato era entre Piastri e a Academia de Pilotos da Alpine, e não a equipe de F1.

Isso significou que ele nunca foi registrado no Conselho de Reconhecimento de Contratos porque não era um acordo de F1.

Assim, quando a McLaren submeteu seu contrato com Piastri ao Conselho depois de assinar com o australiano, nenhuma das duas equipes recebeu qualquer notificação sobre algum conflito.

Agora, a McLaren está negociando os termos de saída de Ricciardo. O racingnews365.com alega que os empresários do australiano estão buscando uma indenização na casa de $21 milhões.

Portanto, a única opção que resta para a Alpine é levar o caso para um tribunal civil. Com o Renault Groupe registrado na França e a equipe de F1 sediada na Inglaterra, não está claro qual jurisdição prevaleceria.

Se a Alpine optar por isso, entende-se que ela buscaria principalmente uma compensação financeira pela perda de Piastri ao invés de obrigar o australiano a correr pela equipe em 2023.