Pneus mais macios no Canadá, para seguir as marcas de Gilles Villeneuve

segunda-feira, 12 de junho de 2023 às 17:27

Pneus para o GP do Canadá de 2023

MARIO ISOLA – DIRETOR DE MOTORSPORT
“O GP do Canadá é tradicionalmente um dos mais espetaculares do calendário, repleto de incidentes e surpresas graças a uma pista que oferece muitas oportunidades de ultrapassagem, mas não aceita erros. Como costuma acontecer neste tipo de circuito, trouxemos os três pneus mais macios da gama – C3, C4 e C5 – tal como no ano passado. Esperamos que o C5 seja usado principalmente para a classificação, enquanto o C4 e o C3 devem ser os favoritos para a corrida. O asfalto é bastante liso com este circuito de rua semipermanente não amplamente utilizado, o que significa que provavelmente veremos um alto grau de evolução da pista no fim de semana. Em uma pista sem curvas de alta velocidade, os principais fatores são tração saindo de curvas lentas, estabilidade em frenagem e agilidade ao mudar de direção. Outro elemento importante a considerar é o clima. As condições podem mudar rapidamente, não apenas de úmido para seco, mas também com variações acentuadas na temperatura. No ano passado, a temperatura do asfalto durante a classificação foi de 17 graus, enquanto na corrida chegou a 40 graus.”

OS PNEUS NA PISTA

• Para o GP do Canadá Pirelli de Fórmula 1, os compostos escolhidos são C3 como P Zero Branco duro, C4 como P Zero Amarelo médio e C5 como P Zero Vermelho macio.

• O circuito Gilles Villeneuve é uma pista semipermanente de 4.361 metros, construída na ilha artificial de Notre Dame, no meio do rio São Lourenço, perto de Montreal. Fora do GP, é usado como uma instalação de lazer para ciclismo, patinação e caminhadas.

• O primeiro GP do Canadá realizado nesta pista foi em 1978, com vitória de Gilles Villeneuve. A pista foi rebatizada em memória do piloto canadense poucas semanas após sua trágica morte em 1982.

• A corrida tem 70 voltas, com seis curvas à esquerda, oito à direita e três retas (incluindo uma muito longa). A velocidade média é relativamente baixa, graças às frequentes mudanças de direção causadas pela sucessão de curvas, com frenagens contínuas.

• O composto mais macio costuma ser visto apenas na classificação, como foi o caso no ano passado, quando apenas os compostos médios e duros foram usados na corrida. A estratégia preferida pela maioria dos pilotos era a de duas paradas, mas alguns optaram por uma parada única com um stint inicial muito longo no duro; especialmente aqueles que largaram na parte de trás do grid.

• Com base nos dados do ano passado, o tempo médio gasto em um pit-stop é de 18,5 segundos, apesar dos mais de 400 metros de pitlane. Os pilotos que entram nos boxes cortam a última chicane e pulam a primeira curva, com a saída dos boxes já na curva 2.

FERRARI CHALLENGE

O Ferrari Challenge North America, equipado exclusivamente pela Pirelli, será a categoria suporte para o GP do Canadá. Montreal será a quarta etapa da temporada, após a corrida de Road Atlanta no final de maio. Matt Kurzejewski (Ferrari Westlake) lidera o Trofeo Pirelli com 77 pontos, enquanto Cameron Root (Ron Tonkin Grand Turismo) lidera a Coppa Shell com 75 pontos. Os carros Ferrari 488 Challenge Evo que participam neste campeonato são todos equipados com pneus P Zero DHB desenvolvidos especificamente para a categoria.

Nota do editor: Foi nessa Ferrari Ferrari 488 Challenge Evo que o editor-chefe do Autoracing, Adauto Silva, andou numa pista em Las Vegas em fevereiro deste ano e a considerou um carro de corrida espetacular!

AS - www.autoracing.com.br

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