Pirelli: preview do Grande Prêmio da Hungria da Fórmula 1

sexta-feira, 2 de agosto de 2019 às 8:00

A maior parte dos pilotos começou suas carreiras no kart e a pista apertada e sinuosa do Hungaroring, perto de Budapeste, com a menor velocidade média de qualquer circuito permanente, é uma lembrança daqueles dias. Mas isso não significa, necessariamente, que seja uma situação fácil para os pneus, como todas aquelas curvas não dão tempo para os compostos descansarem. Consequentemente, a Pirelli nomeou o C2 como o duro, C3 como o médio e o C4 como o macio na Hungria: os três compostos do meio da gama.

CARACTERÍSTICAS DA PISTA

O Hungaroring é definido pelas suas curvas, a maioria delas lentas, feitas umas após as outras em rápida sucessão. Isto significa que os pneus estão constantemente trabalhando, sem chance de refrigerar.

As temperaturas médias tendem a estar entre as mais altas da temporada. Isto aumenta não só a degradação térmica, mas faz a vida mais difícil para os pilotos, porque a média baixa de velocidade (bem como a localização geográfica da pista) significa que há pouco fluxo de ar passando pelo carro.

Degradação e desgaste dos pneus são baixos. A escolha de pneus deste ano é basicamente a mesma do ano passado, quando os compostos ultramacio, macio e médio foram escolhidos. O pneu C2 (duro na Hungria) é, na verdade, um pouco mais macio do que o médio de 2018 e é usado frequentemente mesmo quando indicado como a escolha mais dura. Em nove dos 11 Grandes Prêmios realizados até agora, todos os três compostos designados foram usados.

As equipes usam configurações do carro com alta carga de pressão aerodinâmica para ajudar a negociar a sucessão de curvas, mas a aderência mecânica dos pneus é igualmente importante na pista sinuosa do Hungaroring.

A estratégia vencedora do ano passado foi de uma parada nos boxes com Lewis Hamilton, da Mercedes, mudando do pneu ultramacio para o macio na volta 25 de um total de 70 e não usando o composto mais duro. Sebastian Vettel, da Ferrari, ficou em segundo lugar com uma parada também, porém trocando do composto macio para o ultramacio, enquanto seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, foi o terceiro com duas paradas: isso significa que os três primeiros tiveram estratégias diferentes.

O recorde de volta mais rápida em corrida ainda é de Michael Schumacher feito em 2004: será que ele será superado neste fim de semana?

MARIO ISOLA – GERENTE MUNDIAL DE MOTORSPORT DA PIRELLI

“A Hungria marca o último Grande Prêmio antes das férias de verão e é uma corrida muito difícil tanto fisicamente quanto estrategicamente para terminar a primeira parte da temporada. Ultrapassagem é complicada com uma linha estreita de corrida, com risco de escorregar ao sair do traçado ideal, por isso a posição de pista é chave e a estratégia precisa levar isso em consideração. O Hungaroring é o tipo de lugar que pode causar uma surpresa com a estratégia certa e um carro com boa dirigibilidade, mesmo se não for o mais rápido, como já vimos algumas vezes no passado. Em 2018, com a mesma nomeação de pneus deste ano, vimos várias estratégias de corrida diferentes após o treino classificatório afetado pela chuva: com sorte esperamos ter a mesma variedade tática neste fim de semana”.

OUTRAS NOTÍCIAS DE PIRELLI

A equipe GPX Racing Porsche venceu as 24h de Spa no último fim de semana passado na Bélgica: o maior evento de automobilismo Pirelli do ano em termos de número de pneus fornecidos.

Ocorrendo ao mesmo tempo com o Grande Prêmio da Hungria é o Rally da Finlândia: a etapa mais rápida do Campeonato Mundial de Rally e a penúltima do WRC Júnior, que é fornecido exclusivamente pela Pirelli.

Budapeste será usado como local para testar os pneus da Fórmula 2 de 18 polegadas da Pirelli para 2020 em meados de setembro, após o próximo teste dos pneus que será realizado em Paul Ricard, na França, na primeira semana de agosto.

EB - www.autoracing.com.br

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