Pirelli prevê fim do pneu de chuva na F1 em 2025

GP da Bélgica

Mario Isola, chefe da Pirelli, revelou que a Fórmula 1 pode encerrar a temporada 2025 sem utilizar sequer um pneu de chuva – mesmo que as corridas sejam disputadas sob forte precipitação.

Durante uma entrevista ao jornal espanhol Diario Sport, Isola explicou que, por um lado, o efeito solo dos carros atuais gera um volume muito alto de spray; por outro, a postura extremamente cautelosa da direção de prova acaba praticamente eliminando as corridas tradicionais em pista molhada.

“Não tenho 100% de certeza de que vamos usar o pneu de chuva este ano. O nível de spray é muito alto e por isso a visibilidade fica comprometida”, afirmou.

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Fim das corridas molhadas na era atual

Essa declaração surge após uma sequência de eventos afetados pela chuva – principalmente o GP da Bélgica – nos quais a baixa visibilidade provocou incidentes, longos períodos de safety car e atrasos na relargada.

Isola ressaltou que, mesmo em Silverstone, onde os pneus intermediários funcionaram de maneira eficiente, os pilotos ainda enfrentaram grandes dificuldades para enxergar à frente.

“Ninguém quer correr riscos desnecessários com os pilotos”, completou.

Tentativas frustradas e esperança para 2026

Embora a Pirelli continue oferecendo tanto compostos intermediários quanto de chuva extrema, o segundo parece estar cada vez mais perto de se tornar obsoleto sob o regulamento atual.

Até o momento, soluções alternativas – como rodas com coberturas experimentais – não trouxeram resultados satisfatórios.

Apesar disso, existe algum otimismo para 2026. Afinal, as novas regras técnicas trarão pneus menores e mudanças na aerodinâmica, o que poderá reduzir consideravelmente o spray.

“No próximo ano, os carros serão diferentes e talvez também produzam um pouco menos de spray”, concluiu Isola.