Pirelli: Guerra de pneus não seria boa para a Formula 1

quarta-feira, 1 de agosto de 2012 às 9:07

Pirelli: Guerra de pneus não seria boa para a Formula 1O diretor de competição da Pirelli, Paul Hembery, afirmou que ainda não tem certeza se sua companhia iria permanecer na Fórmula 1 se a chamada guerra de pneus retornasse à categoria.

“Nós trabalhamos pela Fórmula 1. A categoria precisa decidir o que quer”, declarou Hembery. “Se quer uma guerra de pneus e corridas que parecem procissões novamente, como ocorreu no início dos anos 2000, quando a audiência desapareceu, é uma estratégia. Não cabe a nós decidir”.

“Nós vamos esperar e ver se as regras mudam. Se isso acontecer, vamos pensar no que fazer. No momento, as equipes certamente não estão interessadas em uma guerra de pneus”.

A Fórmula 1 teve uma guerra de pneus pela última vez em 2006, quando a Michelin abandonou a categoria e deixou a Brigestone como fornecedora única. A Pirelli substituiu a companhia japonesa no começo da temporada 2011.

Hembery acha que o público não está interessado em uma luta das fornecedoras de pneus, e acredita que a mudança provocaria um novo aumento nos custos.

“Nós teríamos de ver as regras primeiro, o que realmente significa ter uma guerra de pneus? Se significa gastar 100 milhões de euros para ser meio segundo mais veloz, e você nem sequer pode provar que tem o melhor pneu, porque as equipes ainda vão dominar, não faz sentido”.

“Vimos isso no passado. Você só ganha uma reputação como fornecedora de pneus na Fórmula 1 se fizer o que foi feito em Indianápolis e parar uma corrida”.

“Ninguém conseguia identificar realmente quais pneus estavam em quais carros quando havia uma guerra de pneus. Ninguém sabia, porque todo o dinheiro estava sendo gasto em tentar encontrar uma performance que o público não podia ver. E se o público não pode ver, nós não compreendemos”.

Citando o fiasco do GP dos Estados Unidos de 2005 como exemplo, quando apenas os seis carros equipados com pneus Brigdestone participaram da corrida, Hembery também disse que uma guerra de pneus acabaria sendo insegura.

“Todas as equipes com as quais conversei não querem uma guerra de pneus. Eles consideram um desperdício de dinheiro em uma área que não podem controlar e tem valor limitado para o público. E também problemas de segurança”.

“As companhias de pneus iriam forçar as barreiras da segurança, porque é assim que você obtém performance. Como vimos em Indianápolis, aquele é o efeito final de uma guerra de pneus. Creio que não é bom para as fornecedoras, e, certamente, não é bom para a categoria”.

LS – www.autoracing.com.br

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