Pirelli F1: GP do México – Compostos do meio da gama para a Fórmula 1

sexta-feira, 5 de novembro de 2021 às 8:00

GP do México

POR QUE ESCOLHEMOS OS PNEUS

Como o GP dos Estados Unidos, o GP do México está de volta ao calendário após uma ausência de dois anos. Os pneus do meio da gama foram selecionados para esta corrida: C2 como P Zero Branco duro, C3 como P Zero Amarelo médio e C4 como P Zero Vermelho macio. Esta é a mesma seleção que foi feita em 2019, quando a corrida foi realizada alguns dias antes, mas um nível mais duro do que em 2018 (quando se percebeu que o pneu macio C5 era uma escolha muito agressiva para o México).

Embora esta também seja a mesma indicação de pneu feita para o Circuito das Américas quinze dias atrás, o Autódromo Hermanos Rodríguez é muito diferente em características, sendo muito mais fluido, com dois setores finais apertados e sinuosos, bem como uma longa reta de largada/chegada como parte de um setor de rápida abertura de volta. Isso dá ênfase especial à frenagem, sendo a tração um elemento-chave também. A versatilidade dos pneus P Zero do meio da gama os torna adequados às demandas específicas da pista da Cidade do México.

CARACTERÍSTICAS DA PISTA

Este é um dos circuitos históricos da Fórmula 1, com suas raízes na década de 1950, mas desde então foi amplamente atualizado – mais recentemente pelo renomado arquiteto de circuitos Herman Tilke – antes de retornar ao calendário em 2015.

A cerca de 2.285 metros, o Autódromo Hermanos Rodríguez fica na maior altitude de qualquer pista do calendário (por mais de 1000 metros). Isso significa que o ar é muito rarefeito, portanto, embora os carros tenham altos níveis de downforce para tentar gerar aderência aerodinâmica nas curvas, na realidade o efeito de downforce é extremamente minimizado, o que pode levar a algumas derrapadas.

Os três primeiros colocados em 2019 seguiram uma estratégia de uma parada de médio para duro (com alguns trechos longos nos duros), embora Charles Leclerc, da Ferrari, tenha terminado em quarto lugar com duas paradas que tiveram dois trechos com médios. O macio C4 não foi usado extensivamente devido à granulação – embora isso tenha sido reduzido entre os treinos livres e a corrida, com os pilotos começando com macio geralmente capazes de completar o GP fazendo duas paradas.

A pista não teve muitas corridas nos últimos anos. Como resultado, os pilotos podem esperar uma superfície particularmente “verde” e escorregadia no início, que deve evoluir rapidamente durante o fim de semana. O clima também é imprevisível nesta época do ano na Cidade do México, com a possibilidade de pancadas de chuva que podem “reconfigurar” o asfalto.

MARIO ISOLA – GERENTE MUNDIAL DE MOTORSPORT DA PIRELLI

“A altitude em particular, bem como o layout do circuito em si, sempre traz uma série de desafios e surpresas interessantes no México, por isso é frequentemente uma corrida imprevisível com uma grande variedade de opções estratégicas. Da última vez, o médio e o duro foram os principais pneus em que as equipes se concentraram durante a corrida: dependendo da quantidade de granulação e deslizamento visto no macio, pode ser o caso novamente este ano. Portanto, compreender a diferença de desempenho entre o macio e o médio será a chave para a classificação. O México é um circuito histórico e emocionante, por isso, após uma ausência de dois anos, estamos muito satisfeitos por voltar. A corrida é realizada mais ou menos na mesma época do ano que era há duas temporadas e não houve alterações significativas na pista desde então – além de um pequeno recapeamento antes da Curva 1 para nivelar um solavanco – mas os carros mudaram muito então é difícil dizer se os dados de 2019 ainda são relevantes”.

OUTRAS NOTÍCIAS DA PIRELLI

Oliver Solberg, filho do Campeão do Mundo de Rali de 2003 Petter, vai conduzir um Hyundai i20 WRC no Rali de Monza (19-21 de novembro) depois de ter sido confirmado para um assento com a equipe de fábrica no próximo ano. O jovem de 20 anos está com a Pirelli desde o início de sua carreira, fazendo sua estreia em um carro de Mundial de Rali no Bologna Bettega Memorial Rallysprint em 2017, com apenas 16 anos.

As 8 Horas de Indianápolis, a penúltima rodada do Intercontinental GT Challenge equipado com Pirelli, foi vencida recentemente pela equipe Audi de Christopher Haase, Patric Niederhauser e o ex-piloto de F1 Markus Winkelhock. A Ferrari ainda pode derrotar a Audi pelo título, mas precisa vencer a rodada final em Kyalami, na África do Sul.

Uma das corridas de apoio no México é o campeonato NACAM Fórmula 4, que tem sido apoiado pela Pirelli desde o seu início em 2015. Um dos graduados mais conhecidos do campeonato é a estrela da IndyCar e pupilo da Red Bull Patricio O’Ward, do México.

EB - www.autoracing.com.br

Tags
, ,

ATENÇÃO: Comentários com textos ininteligíveis ou que faltem com respeito ao usuário não serão aprovados pelo moderador.