Pirelli F1: GP do Japão – Fórmula 1 chega a Suzuka com um olho em 2024

sexta-feira, 22 de setembro de 2023 às 0:30

MARIO ISOLA – DIRETOR DE MOTORSPORT  

“O GP do Japão acontece em uma das pistas mais fascinantes e exigentes da história da Fórmula 1: Suzuka, com seu layout único em forma de oito. Este local histórico é o favorito dos pilotos, sendo absolutamente emocionante guiar nos monopostos ultracompetitivos da atualidade. Com as suas cargas laterais e verticais muito significativas, Suzuka é tão exigente com os pneus como com os pilotos. Estas exigências estão igualmente distribuídas pelas quatro rodas, com 10 curvas para a direita e oito para a esquerda ao longo de uma volta de seis quilômetros. Como resultado destas características desafiadoras, teremos no Japão alguns dos pneus mais duros da gama 2023: C1, C2 e C3. Isto é, apenas nominalmente, igual à seleção do ano passado devido ao novo composto C1, que foi introduzido nesta temporada para ficar entre o C2 e o antigo C1 (agora chamado C0). Na sexta-feira, todas as equipas terão a oportunidade de testar uma nova versão do composto C2, com vista à homologação para a próxima temporada. Esta última evolução deverá proporcionar mais aderência do que o atual C2, e assim encaixar-se de forma mais coerente entre o C1 e o C3. Nas duas primeiras sessões de treinos livres, cada piloto terá dois jogos adicionais de pneus, em comparação com os habituais 13 conjuntos por fim de semana. Este teste faz parte de um programa de desenvolvimento recentemente definido para 2024 e continuará com um novo composto C4 a ser testado em pista durante o fim de semana do GP do México.” 

OS PNEUS NA PISTA

Em Suzuka as equipes terão C1 como P Zero Branco duro, C2 como P Zero Amarelo médio e C3 como P Zero Vermelho macio.

O GP do Japão poderá trazer algumas surpresas devido às altas temperaturas registadas na semana passada, com máximas de até 33 graus centígrados. Se isto continuar, a degradação dos pneus poderá tornar-se um fator importante.

As condições meteorológicas influenciaram muitas vezes fortemente o GP do Japão. Em quatro ocasiões (2004, 2009, 2010 e 2019) a classificação foi realizada na manhã de domingo devido às chuvas torrenciais ou à ameaça de um tufão.

Em 2022, a corrida foi interrompida devido à chuva na primeira volta. O reinício ocorreu três horas depois, faltando apenas 45 minutos para o fim devido à duração máxima permitida da corrida (quatro horas). No total foram 28 voltas completadas, com os pilotos utilizando apenas pneus Cinturato intermediário e Full Wet.

O asfalto de Suzuka apresenta alguns dos mais altos níveis de rugosidade e abrasão observados em toda a temporada. O desgaste e a degradação são fatores importantes na determinação do plano para os treinos livres, bem como na estratégia de corrida.

Foram 36 edições do GP do Japão válidas pelo Mundial de F1: 32 delas sediadas em Suzuka – circuito natal da Honda – e quatro em Fuji, que pertence à Toyota. A equipe mais vitoriosa é a McLaren, com nove vitórias, enquanto o piloto que mais venceu é Michael Schumacher (seis vitórias). Em 1994 e 1995, o GP do Pacífico também foi realizado no Japão, no circuito Aida.

O GP do Japão coroou um novo campeão mundial 11 vezes: mais recentemente no ano passado, quando Max Verstappen conquistou o seu segundo título mundial. Em 1995, Michael Schumacher também se sagrou campeão mundial pela segunda vez após vencer o GP do Pacífico.

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