Pirelli F1: GP da Itália – Velocidade assume protagonismo na casa da Pirelli

sexta-feira, 1 de setembro de 2023 às 8:10

MARIO ISOLA – DIRETOR DE MOTORSPORT  

“Como de costume, a temporada europeia da Fórmula 1 chega ao fim em Monza, que também é a casa da Pirelli, já que nossa sede fica a poucos quilômetros deste icônico circuito. Monza é sinônimo de velocidade, por isso recebe o justo apelido de “Templo da Velocidade”. Até hoje, é a pista onde foi realizada a corrida mais rápida da história da Fórmula 1, com Michael Schumacher estabelecendo uma velocidade média de 247,585 km/h em 2003. 

Como resultado, as equipes usam os menores níveis de pressão aerodinâmica possíveis, reduzindo o arrasto, para favorecer a velocidade máxima. A estabilidade na frenagem e a tração na saída das duas chicanes são os dois fatores-chave que mais desafiam os pneus nesta pista, assim como as cargas laterais exercidas nas curvas rápidas, como a Parabólica (hoje rebatizada em homenagem a Michele Alboreto) e Curva Grande. 

Depois da Hungria, Monza será a segunda vez que a Alocação Alternativa de Pneus (da sigla em inglês ATA – Alternative Tyre Allocation), que usa dois jogos de pneus a menos do que o formato padrão, será testada. Isso oferece um benefício em termos de emissões de CO2 economizado tanto durante a produção quanto no transporte, além de dar às equipes e pilotos uma gama mais ampla de opções estratégicas. Também por isso, escolhemos o trio de compostos mais macios para Monza – C3, C4 e C5 – que já foi indicado cinco vezes nesta temporada.” 

OS PNEUS NA PISTA

Para o GP da Itália, o C3 será usado como P Zero Branco duro, C4 como P Zero Amarelo médio e C5 como P Zero Vermelho macio. Estes são os compostos mais macios da gama Pirelli de Fórmula 1, já nomeados para outros cinco finais de semana de corrida até agora nesta temporada.

A alocação alternativa de pneus será testada novamente em Monza, após o primeiro teste na Hungria. Cada piloto terá apenas 11 jogos de pneus slicks (três duros, quatro médios e quatro macios) à disposição para o fim de semana. Na classificação, os pilotos podem usar apenas um tipo de composto por sessão (a menos que a pista esteja molhada): no Q1 o duro, no Q2 o médio e no Q3 o macio.

No ano passado, foram nada menos que oito estratégias diferentes implantadas pelos 10 primeiros colocados. Max Verstappen e George Russell (primeiro e terceiro, respectivamente) optaram por uma única parada, enquanto Charles Leclerc – que terminou em segundo – já havia feito duas paradas antes que um safety car no final da corrida permitisse que os três pilotos parassem novamente.

O GP da Itália é uma das corridas incluídas no calendário desde a primeira temporada da categoria, em 1950. Sempre foi realizado em Monza, com apenas uma exceção, quando Ímola sediou a corrida em 1980. Monza foi inaugurada em 1922 e é uma das pistas mais antigas do mundo ainda a ser utilizada, perdendo apenas para Indianápolis.

A equipe com mais vitórias em Monza é a Ferrari (19 de 72 GPs totais), enquanto os pilotos com mais vitórias são Michael Schumacher e Lewis Hamilton, com cinco cada.

Monza apresentou diferentes vencedores nos últimos cinco anos. Lewis Hamilton venceu em 2018, Charles Leclerc em 2019, Pierre Gasly em 2020, Daniel Ricciardo em 2021 e Max Verstappen em 2022.

A Pirelli permanecerá em Monza após o GP da Itália para alguns dias de testes com Alpine e Red Bull. As equipes irão à pista na terça e quarta-feira após a corrida (5 a 6 de setembro) para testar protótipos de pneus slicks.

EB - www.autoracing.com.br

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