Pirelli F1: GP da Hungria – Uma sexta-feira fora do comum

sexta-feira, 21 de julho de 2023 às 16:55

O DIA NA PISTA

O primeiro dia de treinos para o 38º GP da Hungria contou com mudanças climáticas. A chuva afetou praticamente toda a primeira sessão e os pneus de tempo seco só puderam ser usados nos primeiros minutos. Depois veio a chuva e todos os pilotos, com exceção de Perez, que escapou da pista quase imediatamente após o início da sessão danificando sua Red Bull, puderam avaliar os pneus intermediários. Alguns fizeram isso puramente especulativamente para garantir que teriam um conjunto adicional para o resto do fim de semana, outros mais a sério, como pôde ser visto nos stints de nove voltas de Russell e Hulkenberg, enquanto Leclerc, Zhou, Norris, Piastri, Bottas e Sargeant fizeram oito. Magnussen foi o único piloto a utilizar os pneus Full Wet, por oito voltas.

O trabalho para os pneus de tempo seco começou apenas na segunda sessão, que foi um pouco diferente do habitual, por conta de este ser o primeiro fim de semana com o novo sistema de alocação de pneus sendo testado. Cada piloto tem 11 conjuntos de slicks, ao contrário dos habituais 13, e também é obrigado a usar o composto duro no Q1, o médio no Q2 e o macio no Q3. Isso significava que a folha de tempos parecia bastante diferente do habitual, em parte por causa da rápida evolução da pista e parte pelas diferentes estratégias executadas pelas equipes. Por exemplo, apenas um piloto usou o pneu duro – novamente o “aventureiro” Magnussen – duas equipes usaram apenas o pneu médio (Mercedes e Alfa Romeo), enquanto Verstappen usou apenas um único jogo de pneus macios. No entanto, os tempos ainda foram muito equilibrados, com os vinte pilotos todos dentro do mesmo segundo e meio.

O piloto mais ocupado no TL2 foi Lance Stroll (Aston Martin), que fez mais voltas (33) do que os dois pilotos da Red Bull – Verstappen 18, Perez 14 – juntos. Os stints mais longos no geral vieram de Norris e Hulkenberg, que fizeram 19 voltas no médio, enquanto o stint macio mais longo foi de 17 voltas cortesia de Tsunoda.

SIMONE BERRA – ENGENHEIRO CHEFE

“Foi um dia bastante atípico, devido à mudança do tempo e à estreia do novo formato de alocação de pneus para o fim de semana como um todo e para a classificação especificamente. A primeira sessão não foi muito relevante, especialmente porque a chance de mais chuva para o resto do fim de semana é muito baixa. A segunda hora, no entanto, foi muito útil, produzindo dados interessantes. Por exemplo, pudemos ver que, nessas temperaturas, com a pista nunca ultrapassando 34°C, até mesmo o composto C5 parece um potencial candidato a ser usado na corrida. A nova alocação dos pneus definitivamente influenciou a programação das equipes, com quase todos os pilotos guardando o pneu duro para as próximas sessões. Como normalmente acontece em Hungaroring e especialmente nos treinos de hoje – devido às temperaturas mais baixas do que o habitual – pudemos observar alguma granulação, um fenômeno que tende a diminuir pouco a pouco à medida que a pista emborracha e as temperaturas sobem. Uma análise muito inicial dos dados sugere que a diferença de desempenho entre o macio e o médio está em linha com as expectativas em torno de quatro a cinco décimos, enquanto não foi possível confirmar a diferença entre o médio e o duro, dado a baixa quantidade de voltas completadas com esse composto.”

EB - www.autoracing.com.br

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