Pirelli F1: GP da Espanha – Um início perfeito para Oscar Piastri
sexta-feira, 30 de maio de 2025 às 16:45Oscar Piastri foi o mais rápido no primeiro dia de treinos para o GP da Espanha. O australiano da McLaren foi o único piloto a superar a barreira de 1min13s, com sua melhor volta em 1m12s760, meio segundo mais rápido do que a melhor volta de Lewis Hamilton na sexta-feira do ano passado. Piastri também foi o mais rápido em todos os três setores. Seu companheiro de equipe na McLaren, Lando Norris, liderou a folha de tempos na primeira sessão, com uma volta de 1min13s718.
O DIA NA PISTA
Logo na primeira sessão, 18 dos 20 carros na pista utilizaram o C1, com as únicas exceções sendo o Aston Martin número 18 de Lance Stroll e o Alpine número 43 nas mãos de Franco Colapinto. A dupla da Mercedes, George Russell e Franco Colapinto, e os pilotos da Williams, Carlos Sainz e Victor Martins, este último pilotando o carro de Alex Albon no TL1, fizeram algo diferente, correndo com um conjunto de pneus Médios e um de Duros, enquanto o restante do pelotão alternou entre Duros e Macios.
No TL2, Colapinto e Stroll também colocaram os pneus Duros para trabalhar, completando o quadro. Portanto, todos os pilotos terão apenas um conjunto de C1 para o restante do fim de semana. Sobre esse assunto, vale notar que, a partir de amanhã de manhã, Williams e Mercedes terão apenas um jogo de pneus Médios e um de Duros.
SIMONE BERRA – ENGENHEIRO CHEFE DA PIRELLI
“O GP da Espanha é sempre um evento muito interessante do ponto de vista técnico, devido aos desafios que impõe aos pilotos, carros e pneus. Este ano não é exceção e, no que diz respeito ao nosso produto, isso também confirma o teste exigente que ele impõe, especialmente nessas temperaturas bastante altas.
Hoje, vimos as equipes trabalharem com os três compostos e todos os pilotos utilizaram pelo menos um conjunto de Duros, mantendo apenas um jogo para a corrida. A diferença de performance entre os compostos parece estar de acordo com as expectativas, algo em torno de nove décimos de segundo entre o Duro e o Médio e de seis a sete décimos entre o Médio e o Macio. Os dados coletados nos stints longos foram muito úteis, especialmente da Mercedes, que as estendeu mais do que o normal tanto com o Macio quanto com o Médio.
Nessa superfície muito abrasiva, o gerenciamento da degradação térmica no eixo traseiro será um dos principais fatores no domingo. Para tentar proteger os pneus traseiros, as equipes terão de prestar atenção especial ao equilíbrio do carro, pois há o risco de aumentar o estresse sobre os dianteiros, especialmente do lado esquerdo. Com esse cenário, se alguém quiser estender muito o stint, o desgaste dos pneus deve ser levado em consideração, sempre com atenção especial ao dianteiro esquerdo, que é submetido a um estresse significativo.
A pista evoluiu significativamente, na ordem de um segundo da primeira para a segunda sessão, e um aumento na performance do carro já foi evidente hoje, com a melhor volta sendo meio segundo mais rápida do que em 2024.
Se já olharmos para o domingo, é relativamente fácil supor que veremos um cenário semelhante ao da corrida do ano passado, com os pneus Médios e Macios como protagonistas de uma corrida de duas paradas.”
FÓRMULA 2
O inglês Arvid Lindblad conquistou a pole position para a etapa de Barcelona. O piloto da Campos Racing marcou o tempo de 1min25s180, 245 milésimos mais rápido que o colombiano Sebastian Montoya (PREMA Racing). Em terceiro lugar ficou o indiano Kush Maini (DAMS Lucas Oil), com o tempo de 1min25s330.
Como no ano passado, os compostos escolhidos para este fim de semana em Montmelò são o Duro e o Macio, pulando, assim, um composto. A pista espanhola é muito difícil para os pneus, que são submetidos a cargas laterais muito altas devido às muitas curvas de alta velocidade. No papel, a estratégia mais rápida para a Feature Race é largar com o Duro antes de trocar para o Macio. Quem fizer o contrário tentará explorar a aderência adicional do composto mais macio nos estágios iniciais para ganhar algumas posições. Em 2024, essas duas estratégias foram divididas quase meio a meio, com dez pilotos largando com o pneu Duro e doze com o Macio. Quando a performance do pneu Duro atingiu o auge, começaram os pit stops para quem utilizava o composto mais macio. Esses pilotos tiveram dificuldades no final da sessão com alto desgaste no eixo dianteiro, agravado pelo tráfego na pista, o que os tornou vulneráveis a ultrapassagens. A Sprint foi disputada com o pneu Duro e os pilotos tiveram de ficar atentos à degradação, especialmente no eixo dianteiro, para não terem dificuldades nos estágios finais.
FÓRMULA 3
Rafael Câmara reagiu da melhor forma possível após não ter pontuado em Mônaco, conquistando a pole position. O piloto brasileiro da Trident fez o melhor tempo em 1min28s761, terminando à frente do búlgaro Nikola Tsolov, da Campos Racing (1min28s977), e do holandês Laurens van Hoepen, da ART Grand Prix (1min29s106).
O pneu Duro foi mais uma vez o escolhido para Barcelona, devido às forças laterais significativas geradas nas muitas curvas rápidas desse circuito. Portanto, ele representará um verdadeiro desafio para os jovens pilotos dessa categoria quando se trata de gerenciar a degradação, especialmente no eixo dianteiro, como aconteceu no ano passado. Aqueles que trabalharam muito com os pneus nos estágios iniciais tiveram dificuldades no final. Outro fator que deve ser levado em conta é a temperatura do ar, prevista para ultrapassar os 25°C. Isso deve ajudar durante a fase de aquecimento, e aqueles que fizerem o melhor trabalho para que os pneus atinjam a temperatura rapidamente poderão ter uma vantagem.
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