Pirelli F1: GP da Bélgica – Duas corridas para Spa esse ano

sexta-feira, 28 de julho de 2023 às 8:00

MARIO ISOLA – DIRETOR DE MOTORSPORT  

Depois de apenas alguns dias de folga, há outra corrida de Fórmula 1 neste fim de semana: a última antes das férias de verão. O GP da Bélgica é uma das corridas mais prestigiadas do calendário, realizada em uma pista particularmente desafiadora para pilotos, carros e pneus. Nomeamos a mesma linha de compostos do ano passado – C2, C3 e C4 – para oferecer uma ampla gama de opções de estratégia. Tradicionalmente, o clima em Spa é um fator chave durante todo o fim de semana. O fato de o GP ter mudado de data – da primeira corrida após as férias de verão para a última corrida antes dela – deve fazer pouca diferença, já que a previsão é sempre variável. O comprimento da pista, com Spa sendo a volta mais longa do ano, e a variação na elevação – que também é a maior de toda a temporada – significa que há possibilidade de encontrar condições diferentes na mesma volta, com a pista molhada em uma parte da pista enquanto ela está completamente seca em outro local. A novidade para este ano será a terceira Corrida Sprint da temporada, depois de Baku e Spielberg, com um Sprint Shootout na manhã de sábado, seguido por uma corrida de 100 quilômetros à tarde. Com apenas uma hora de treino livre antes da classificação na sexta-feira (que, por enquanto, parece ser o dia com maior risco de chuva), haverá ainda menos tempo do que o normal para montar os carros. Em Spa, há a tendencia de vermos algumas das maiores diferenças em termos de configuração aerodinâmica entre as equipes: algumas preferem mais pressão aerodinâmica para forçar mais durante o segundo setor, enquanto outras preferem um carro mais solto para ter velocidade extra para atacar e defender mais nas retas. Com duas corridas neste ano, um dos locais mais espetaculares da temporada deve oferecer um show ainda maior.

OS PNEUS NA PISTA

Assim como no GP da Bélgica de 2022, as equipes terão o C2 como P Zero Branco duro, C3 como P Zero Amarelo médio e C4 como P Zero Vermelho macio.

Ao lado de Silverstone e Suzuka, Spa-Francorchamps é um circuito onde os pneus são submetidos a forças consideráveis. A parte mais desafiadora para os pneus é a tradicional Eau Rouge, seguida pela subida até a Raidillon: consistindo em uma curva à esquerda de alta velocidade, em que a pressão aerodinâmica força o carro para o chão, seguida por outra curva de alta velocidade, em que o carro segue de forma mais “solta” do topo da colina para a reta Kemmel.

Spa é a pista mais longa do calendário da Fórmula 1 com 7.004 metros de extensão, com 44 voltas programadas para o GP da Bélgica. Quando o circuito foi inaugurado, em 1921, tinha cerca do dobro do comprimento, com 14.900 metros.

No ano passado, quase todas as equipes optaram por uma estratégia de duas paradas, usando os três compostos. Max Verstappen, da Red Bull, alinhou em 14º no grid após uma penalidade, mas venceu a corrida com uma grande disputa, largando com pneus macios e depois completando dois stints de médio.

Spa-Francorchamps também é um lugar especial para Charles Leclerc, que venceu sua primeira corrida de Fórmula 1 lá, com a Ferrari em 2019. A equipe italiana tem o maior número de vitórias em Spa (14) desde 1950, enquanto Michael Schumacher tem o maior número de vitórias individuais (6).

O circuito também tem a maior diferença de elevação de qualquer pista durante todo o ano. O ponto mais alto é em Malmedy (cerca de 468 metros acima do nível do mar), enquanto o mais baixo é Paul Frere (cerca de 366 metros acima do nível do mar). É uma diferença de 102,2 metros: mais do que a altura da torre do relógio Big Ben, em Londres.

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