Pirelli surpreende e salta composto no GP da Bélgica

segunda-feira, 21 de julho de 2025 às 9:40

GP da Bélgica

Pela primeira vez em três anos e meio, a Fórmula 1 verá um fim de semana com um composto de pneus saltado pela Pirelli, fornecedora oficial da categoria.

A última vez que isso ocorreu foi no GP da Austrália de 2022, e o cenário agora se repete em Spa-Francorchamps durante um fim de semana com corrida curta.

Compostos escolhidos e salto estratégico

Para o GP da Bélgica, a Pirelli selecionou os compostos C1, C3 e C4. Isso representa um pulo no intervalo tradicional, ignorando o C2.

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O C1 é o mais duro da gama, seguido do médio (C3) e o macio (C4). A escolha é semelhante à de Melbourne em 2022, quando a fabricante optou por C2, C3 e C5.

Simulações da Pirelli indicam que esse trio de compostos deve tornar a estratégia de duas paradas mais competitiva, além de elevar o nível de incerteza na gestão dos pneus ao longo do fim de semana.

Formato sprint e impacto na gestão dos pneus

Por se tratar de um fim de semana sprint, os pilotos contarão com uma alocação diferente de pneus: 12 jogos no total, sendo seis macios, quatro médios e apenas dois duros.

Além disso, o regulamento determina o uso exclusivo dos médios nas duas primeiras fases da classificação sprint. Já no Q3, apenas os compostos macios são permitidos.

A imprevisibilidade climática de Spa adiciona mais um elemento à equação. Localizado nas colinas das Ardenas, o circuito pode apresentar diferentes condições meteorológicas em pontos distintos da pista.

Mesmo no auge do verão, é comum a necessidade de pneus intermediários ou extremos em algum momento do evento.

Referência à corrida de 2024 e impacto estratégico

O GP da Bélgica de 2024 foi marcado por estratégias distintas. A maioria dos pilotos iniciou a prova com compostos médios.

Apenas Carlos Sainz (Ferrari) e Zhou Guanyu (então na Sauber) apostaram nos duros, enquanto Daniel Ricciardo (RB) largou com os macios.

A estratégia de duas paradas se mostrou mais eficaz. O composto duro teve o melhor equilíbrio entre performance e desgaste.

Dos 19 pilotos que completaram a prova – com Zhou sendo o único abandono – apenas cinco optaram por uma parada única. Foram eles: George Russell (Mercedes), Fernando Alonso e Lance Stroll (Aston Martin), Kevin Magnussen (Haas) e Yuki Tsunoda (RB), todos fazendo médio-duro.

Russell chegou a vencer a corrida, mas acabou desclassificado por estar abaixo do peso mínimo regulamentar. Assim, Lewis Hamilton herdou a vitória – a 105ª de sua carreira – após utilizar a estratégia médio-duro-duro.

 

LS - www.autoracing.com.br

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