Pilotos se posicionam cada vez mais sobre questões do mundo real
quarta-feira, 13 de abril de 2022 às 18:51
Pierre Gasly
Pierre Gasly assinou seu nome em uma carta falando contra Marie Le Pen, enquanto ela concorre à presidência na França.
Os pilotos de Fórmula 1 tornaram-se cada vez mais abertos e francos sobre questões do mundo real nos últimos anos, com Sir Lewis Hamilton apoiando com palavras, ações, presença e dinheiro várias causas a favor de minorias.
Sebastian Vettel e Max Verstappen denunciaram a Rússia, depois que as forças militares daquele país começaram uma invasão contra a vizinha Ucrânia, e o contrato da F1 com o GP da Rússia foi cancelado pouco depois.
Os pilotos passaram cinco horas em uma reunião na noite de sexta-feira em Jeddah este ano discutindo se iriam correr devido aos ataques com mísseis que ocorreram naquela tarde, com Hamilton, Russell, Bottas e Gasly entre os maiores defensores da paralização do fim de semana da F1 na Arábia Saudita.
Isso atraiu elogios do presidente da Associação de Pilotos de Grandes Prêmios [GPDA], Alex Wurz.
“A transformação dos jovens que assumem essa responsabilidade é impressionante”, disse o ex-piloto da Benetton e Williams.
A FranceInfo, uma agência de notícias parisiense, publicou uma carta intitulada “bloqueie a extrema direita” e incluía a assinatura de Gasly junto com outros 51 atletas famosos franceses, entre eles o jogador de rúgbi Antoine Dupont e o tenista Jo-Wilfried Tsonga.
“O esporte em que acreditamos, com os valores Olímpicos, é feito de amizade e respeito – é um lugar de diversidade”, diz.
“Rejeitamos qualquer discriminação. É por acreditarmos no esporte fraterno e inclusivo, que nos comprometemos a evitar que nossa nação coloque à frente um presidente que encarna o oposto”.
A carta afirma que Le Pen defende pontos como “estigmatização do outro, retraimento em si mesmo e nacionalismo”.
“Portanto, pedimos uma votação para Emmanuel Macron em 24 de abril”, acrescentaram.
Emmanuel Macron é visto como um social-liberal de centro.
O deputado Owen Jones considera perturbador que haja pouca atenção sendo dada a um potencial governo de “extrema direita” eleito na Europa Ocidental pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.
“Há todas as chances de Macron vencer novamente, mas o fato de que a extrema-direita tem uma chance de vencer a eleição nacional em uma nação da Europa Ocidental pela primeira vez no período pós-guerra, não causou muita auto-reflexão entre os expoentes do centristas neoliberais”, ele twittou.
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