Pilotos da Ferrari dizem que o F1-75 é cheio de (más) surpresas

segunda-feira, 8 de maio de 2023 às 13:57

Charles Leclerc e Carlos Sainz

Os pilotos da Ferrari deixaram claro as fraquezas de seu carro de Fórmula 1 em 2023 e porque são incapazes de forçar durante as corridas.

Leclerc teve uma corrida bastante discreta no GP de Miami depois bater na nos treinos livres na sexta-feira e no mesmo lugar no sábado, terminando P7 – apenas uma semana depois de largar na pole e terminar em P3 no Azerbaijão.

Sainz se saiu um pouco melhor, ao largar em P3 e receber a bandeira em P5.

Em outro domingo fraco para a Ferrari, Leclerc passou a primeira metade da corrida atrás do Haas de Kevin Magnussen, lutou muito para ultrapassar a Alpine de Pierre Gasly no segundo stint e – apesar de ter superado os dois pilotos mencionados acima – foi ultrapassado por Lewis Hamilton da Mercedes quando faltavam poucas voltas.

F1-75 cheio de más surpresas

Leclerc lamentou a “inconsistência” do F1-75, que não era apenas uma referência à sua forma irregular – mas ao comportamento do carro volta a volta e até mesmo dentro de uma única curva.

“Posso ter uma enorme saída de traseira e, em seguida, uma enorme saída de dianteira, além de nosso carro ser muito afetado pelo vento”, disse Leclerc.

Ele acrescentou: “Fora isso, isso não é algo que eu tive na corrida, então teremos que verificar o carro, mas tive muitos problemas, especialmente em alta velocidade.”

“É algo que não consigo explicar porque às vezes acontece a às vezes não.”

Leclerc sentiu que o carro se comportou melhor depois que a granulação que sofreu no pneu duro melhorou um pouco no final da corrida, mas disse que isso não mudou a falta de ritmo e consistência que seguravam a Ferrari.

Sainz corroborou esse sentimento, afirmando que “no momento não posso forçar”.

“Especialmente na corrida, assim que você força por uma volta, você faz uma boa volta rápida e na volta seguinte você está três décimos mais lento”, disse ele.

“Isso significa que não temos flexibilidade para forçar ou não forçar e só precisamos seguir um certo ritmo para chegar ao fim.”

“Estou surpreso porque pensei que estaríamos melhores, mas esta corrida nos mostrou que ainda temos muito trabalho a fazer.”

Carro gerencia mal os pneus

O desgaste de pneus provou mais uma vez ser um fator decisivo na corrida da Ferrari, e tanto Leclerc quanto Sainz lutaram com a troca de pneus médios para duros no segundo stint.

“Vamos de um composto (de pneus) para o outro e nunca sabemos o que vai acontecer com o novo composto”, disse Leclerc.

“É sempre uma incógnita se o carro vai reagir bem, se os pneus vão estar na janela certa.”

“Isso também é muito difícil para um piloto ganhar confiança e adaptar sua tocada, porque você passa de um set para o outro e o carro fica completamente em uma janela diferente”.

Sainz disse que foi pego de surpresa pelo quanto sofreu no segundo stint, na qual caiu fora da disputa pelo pódio, tendo ultrapassado o Aston Martin de Fernando Alonso ao parar antes.

Ele também teve uma punição de cinco segundos por excesso de velocidade nos boxes, embora ainda tenha terminado em quinto, relatando que “tive que pilotar abaixo do limite pelo resto da corrida se quisesse chegar ao fim”.

“Com as condições do vento e como somos duros com os pneus, aquele stint difícil se tornou muito longo para nós”, acrescentou Sainz.

Leclerc sugeriu que a sensibilidade ao vento é algo que será alvo de atualizações, e mais peças novas devem ser usadas na próxima corrida em Imola.

“Estamos lutando muito mais com isso, então há muito trabalho acontecendo”, disse Leclerc.

AS - www.autoracing.com.br

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