Piloto do carro médico pode perder o emprego por recusar vacina

Alan van der Merwe

A carreira do piloto do carro médico da Fórmula 1 está em risco devido à sua postura no que diz respeito às vacinas de covid.

Alan van der Merwe, que vem pilotando o carro médico nos GPs em tempo integral desde 2009, perdeu a mais recente corrida na Turquia por causa de sua segunda infecção de covid.

Porém, ele pode perder ainda mais provas em 2021 por causa de sua decisão de recusar uma vacina de covid-19 – o que agora é uma exigência para entrar em muitos países.

“Para evitar dúvidas, se você quer ser vacinado, faça isso. Eu sou a favor das vacinas para aqueles que querem e podem tê-las”, declarou o sul-africano.

“Uma diferença de opinião é absolutamente aceitável e o ponto da discussão. Ódio, racismo, ataques pessoais, pessoas desejando minha morte ou tentando fazer com que eu seja demitido serão bloqueadas”, disse ele nas redes sociais.

“Eu continuarei respeitando as orientações da saúde pública, reduzindo ao máximo o risco e respeitando igualmente as decisões dos outros. Não é necessário haver polarização ou ódio em todas as discussões sobre máscaras ou vacinas”.

Apesar de sul-africano, o ex-piloto de testes da Honda alega também ser “meio suíço”, e ele apontou que uma “infecção anterior” conta como uma vacina na Suíça.

“Eu confio que aqueles países sabem o que estão fazendo e também respeito as regras mais restritivas de outros países e não viajarei para lá”, acrescentou van der Merwe.

“As vacinas estão mostrando ser seguras e efetivas para a grande maioria das pessoas. Mas e se você não fizer parte da maioria? Você automaticamente precisa ser excluído da sociedade? A saúde de algumas pessoas deve ser sacrificada pelo bem maior de uma implementação de vacina?”

Van der Merwe está “totalmente ciente” de que sua decisão pode torná-lo “menos empregável” ou limitar sua “liberdade de movimento”.

“Só porque eu não coloco a conveniência acima de minha própria saúde não significa que estou tomando decisões por egoísmo. Todos nós só queremos ser saudáveis”, concluiu ele.