Perez afirma que Red Bull se arrepende de tê-lo demitido

Sergio Perez

Sergio Perez está convencido de que a Red Bull lamenta profundamente sua saída ao final da temporada 2024 da Fórmula 1. Segundo ele, a decisão tomada pela equipe foi precipitada e agora pesa internamente.

O mexicano teve um ano complicado. Lutou para extrair performance do carro e terminou a temporada sob pressão intensa. No fim, acabou dispensado e substituído por Liam Lawson.

No entanto, a troca não funcionou: Lawson durou apenas duas corridas. Em seguida, Yuki Tsunoda assumiu o posto, mas também está enfrentando dificuldades.

Resultado: Max Verstappen seguiu carregando a equipe praticamente sozinho – algo que expôs o vácuo deixado por Perez.

“Sei que eles se arrependem”, diz Perez

Falando ao podcast Desde el Paddock, Perez foi direto quando questionado se esperava um pedido de desculpas da Red Bull.

“Não. No fim das contas, é assim que o esporte funciona. Tomaram decisões sob pressão – uma pressão que eles mesmos criaram. Mas eu sei que se arrependem. Sei disso por uma fonte bastante confiável”.

Mesmo assim, o piloto de 35 anos evita guardar mágoas. Ele reconhece os laços pessoais que deixou na equipe e lamenta a forma como tudo terminou.

“É difícil. Tenho muitos amigos lá. As pessoas acham que gostei do que aconteceu, mas não é verdade”.

Perez elogia Verstappen e aponta ruptura com Newey como divisor

Apesar do fim amargo, Perez não poupou elogios ao companheiro de equipe dos últimos quatro anos. Max Verstappen conquistou o tetracampeonato mundial em 2024, mesmo diante da perda de competitividade da Red Bull.

“Max merece todo o sucesso que está tendo. Ele é incrível. Pouca gente entende como ele trabalha. É um piloto excepcional”.

Além disso, Perez sugeriu que a saída de Adrian Newey no início de 2024 foi um ponto de ruptura.

“Tínhamos algo especial. A equipe começou a se desfazer aos poucos. Quando Adrian foi embora, os problemas realmente começaram”.

Ele ainda comparou a era de sucesso da Red Bull com o domínio anterior da Mercedes.

“Não tivemos a vantagem de motor que a Mercedes teve. A diferença de performance era mínima. Mesmo assim, construímos uma potência”.